Característica Morfológica:
Altura de 6-12 m dotada de uma copa piramidal ou alongada, com ramos novos ferrugíneos-tomentosos (coberto com uma espécie de penugem). Tronco ereto e ramificado,revestido por casca fina e pouco áspera, de 20-30 cm de diâmetro. Folhas simples, discolores e opostas cruzadas, cartáceas (folhas secas, flexíveis, tenaz como pergaminho) com nervuras muito proeminentes, face superior glabra (desprovidas de pelos) e inferior pubescente (parte da planta coberta por pelos finos) , principalmente sobre as nervuras, de 20-28 cm de comprimento por 15-20 cm de largura, sobre o pecíolo de 2-3 cm de comprimento ou seja, a parte estreita que liga o limbo (é a região laminar da folha) de uma folha ao caule ou seja é a haste. Inflorescências em cimeiras, pauciflora terminais ( com poucas flores), com flores tubulosas de vermelho-viva muito ornamental. Fruto cápsula globosas, tardiamente deiscente (frutos que abrem-se e libera suas sementes ainda na planta) contendo muitas sementes poliédrico-irregulares.
Ocorrência:
Região amazônica, na mata pluvial de terra firme, principalmente no estado do Amazonas.
Madeira:
Moderadamente pesada ( densidade de 0.69 g/cm3), macia e fácil de trabalhar, de textura fina, uniforme, flexível, medianamente resistente e de baixa durabilidade quando exposta.
Utilidade:
A madeira é empregada apenas localmente para uso interno em construções rurais rústicas, bem como para lenha e carvão. A árvore é bastante ornamental quando em flor, podendo ser utilizada com sucesso no paisagismo em geral. Planta pioneira rústica e de crescimento bastante rápido, é recomendada para composição de reflorestamentos heterogêneos destinados a recuperação da vegetação de áreas incultas (espaço que pode ser empregado na expansão de culturas).
Informações ecológica:
Planta perenifólia (mantém suas folhas durante todo o ano), heliófita (precisa da luz solar) e até ciófila (plantas de lugares sombrios) , seletiva xerófita ( plantas adaptadas a viver em climas semiáridos e desérticos) característica e exclusiva da floresta pluvial amazônica.. Geralmente de frequência abundantes de formações secundárias, pode faltar completamente no interior da mata primária. Apresenta dispersão descontínua e irregular ao longo de sua área de distribuição. Planta colonizada e rústica e, juntamente com as embaúbas a primeira espécie arbórea a surgir após o desmatamento.
Floresce quase o ano todo, porém com maior predominância durante os meses de março-maio. Os frutos amadurecem em maio-julho.
Obtenção de Sementes:
Colhem-se os frutos diretamente da árvore quando atingirem a coloração marrom avermelhada. Em seguida deixá-los ao sol para secar completamente e para facilitar seu quebramento e remoção das sementes. Um kg equivale aproximadamente 44.000 unidades.
Produção de Mudas:
Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e separadas em canteiros a pleno sol contendo substrato organo-arenoso. Em seguida cobri-las com uma fina camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 50-80 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 5-6 cm e daí diretamente para o local definitivo com 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido, ultrapassando facilmente 2 m aos anos de idade.
Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 02
Links:
Margarido Nascimento
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