Jacarandá ou Caroba



Jacarandá ou Caroba



Características Morfológicas: Altura de 4-10 m com ramos lenticelados  e claros. Tronco cilíndrico, de 20-30 cm de diâmetro. Folhas bipinadas, com 17-31 pinas, cada pina com com 30-50 folíolos sésseis ( que não possui pecíolo ou haste de suporte, inserindo-se diretamente num órgão principal) de extremidade obtusa, de 1,4 cm de comprimento. Inflorescências em panículas abertas, com flores de cálice com 5 lobos profundos ( é a porção arredondada de um órgão)




Ocorrência: Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Bahia, Pernambuco, e sul do estado do Maranhão, Piaui e Pará, no cerrado.


Madeira: Moderadamente pesada ( densidade de 0,65 g/cm3), macia, de textura fina, moderadamente resistente e pouco durável.


Utilidades: A madeira é utilizada apenas para forros, caixotaria e para a confecção de peças leves, bem como para lenha e carvão. A árvore é extremamente ornamental quando em flor, podendo ser utilizada com sucesso no paisagismo, o que até no momento, tem sido ignorado por todos.





Informações Ecológicas: Planta decídua e heliófita, característica dos cerrados e campos cerrados do Brasil Central, onde em algumas regiões. Produz anualmente grande quantidades de sementes viáveis, amplamente dispersas pelo vento.


Floresce exuberantemente durante os meses de agosto-setembro com as plantas totalmente despidas de suas folhagens. A maturação dos frutos ocorrem em julho-agosto.


Obtenção de Sementes: os frutos são colhidos diretamente da árvore quase maduros, o que é facilmente verificado quando passam da cor verde para o pardo e iniciam a abertura espontânea. 
Em seguida deixá-los secar a sombra até sua completa abertura e a liberação das sementes. Um kg de semente contém aproximadamente 35.000 unidades.





Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinação, logo que são colhidas, em canteiros semissombreados contendo substrato argilo-arenoso. Em seguida cobri-las levemente com uma fina camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes por dia. A emergência ocorrerá de 8-15 dias e a taxa de germinação geralmente é elevada. Transplantar as mudas  para embalagens individuais  quando com 4-6 cm e daí para o local definitivo com 5-6 meses. Seu desenvolvimento no campo é considerado rápido, podendo, podendo atingir mais de 2 m de altura aos 2 anos.


Fonte de Pesquisa:  Árvores Brasileiras, Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.
Autor:  Harri Lorenzi.     Volume 02         Quarta  Edição









  

Bananeira Ornamental



Bananeira Ornamental


É um arbusto, de textura semi-herbácea, rizomatoso, entouceirado, originário de Málaga, com 2-3 m de altura, de folhagem e florescimento ornamental. 
Há variedade hortícola Royal, de inflorescência destacada.




Inflorescências longas,eretas com brácteas m forma de concha ( as brácteas são estruturas foliáceas associadas às inflorescências da Angiospermas e tem origem foliar e a função é proteger a inflorescência ou as flores em desenvolvimento. Elas possuem coloração viva e variada, são muito vistosas e são formadas na primavera-verão. Frutos desenvolvidos somente na base do cacho.


Exemplo de Brácteas





Em comparação ao seu potencial, a bananeira ornamental ainda é pouco introduzida em projetos de paisagismo, que é capaz de ornamentar jardins no estilo tropical com belas folhagens, flores e frutos comestíveis.




Dicas para cultivo da bananeira ornamental


* Deve ser cultivada em pleno solo fértil e rico em matéria orgânica.
* Regar com frequência.
* Não tolera ventos, porque as folhas rasgam com facilidade.
* Multiplicam-se pela divisão do rizoma e de mudas que formam-se a partir da planta mãe.
* Pode ser também cultivada isoladamente ou em grupos formando conjuntos.


Fonte de Pesquisa: Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi  e  Hermes Moreira de Souza.   Terceira  edição.































Paineira Branca


Características morfológicas:

Altura de 26-28 m de copa globosa, de ramos novos, glabros ( desprovidos de pêlos), com tronco ereto, de 40-60 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada, estriada e coberta de acúleos de 1-2 cm é um processo epidérmico usualmente pontiagudo, que destacam-se com facilidade. Eles ocorrem em vários órgãos da planta. Folhas compostas palmadas, geralmente com 5 folíolos largo-elíptica ou com pecíolo comum de 2,5-10,5 por 1,5-4,5 cm, nervação inconspícua. Flores axilares ou terminais, solitárias ou em grupos de 2-3, com pedúnculo glabro de 
2-4 cm, com estames fundidos. Fruto cápsula elipsoide, lisa, contendo sementes envoltas por plumas brancas.


Ocorrência: 

Região sul da Bahia, na floresta pluvial Atlântica de tabuleiro, onde parece ser endêmica.

Madeira: 

Leve ( densidade 0,46 g/cm3), macia ao corte, de textura grossa,  de baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos.

Utilidade:  

A madeira, de características mecânicas baixas, é indicada apenas para contra placados, miolo de portas e para confecção de brinquedos e embalagens. A árvore, é muito ornamental quando em flor e de rápido crescimento, pode ser usada no paisagismo de parques e grandes jardins e principalmente para a composição de reflorestamentos mistos.




Informações Ecológicas:

Planta perenifólia (folha persistente mantém durante o ano inteiro) heliófita ( precisa da luz solar) ou esciófita (espécie adaptada a desenvolver-se na sombra), seletiva característica e exclusiva da floresta pluvial Atlântica do sul da Bahia, onde apresenta ampla dispersão, contudo muito irregular e descontínua no seu padrão de distribuição. Ocorre principalmente no interior da floresta densa sobre terrenos de encosta bem drenados.


Floresce principalmente de março a maio. Os frutos amadurecem predominantemente em outubro e novembro.






Obtenção de Sementes:

Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; em seguida devem ser deixados ao sol  protegidos por tela fina para completar a abertura e facilitar a separação manual das sementes envoltas pelas plumas. Um kg de sementes contém cerca de 5.700 unidades.






Produção de Mudas:

As sementes devem ser postas para germinação logo que são colhidas em canteiros a meia-sombra preparados com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma fina camada do substrato peneirado e irrigando-se duas vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 10-20 dias, com  a taxa de germinação geralmente superior a 80%. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado rápido.



Fonte de Pesquisa: Árvores Brasileiras, Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.
Autor:  Harri  Lorenzi
Volume  03  Primeira Edição





Paineira Crespa

Características morfológicas:

Altura de 7-20 m, dotada de copa arredondada, com ramos e troncos aculeados de 50-80 cm de diâmetro, revestido por casca pouco suberosa. Folhas alternas, compostas palmadas, com 5-7 folíolos, de pecíolo comum glabro (desprovido de pêlos) com lâminas dos folíolos elípticas. de ápice acuminado e base cuneiforme, membranácea, glabrescente em ambas as faces,  de margens  serreadas quase desde a base, os basais de 4-6 por 1,5-2,2 cm, os demais de 7-14 por 2,5-5,0 cm. Inflorescência em panículas ou racemos terminais, de  20-26 cm de comprimento, com pedicelos de 1-3 cm, com flores grandes de pétalas róseas, estreitas e de margens onduladas. Fruto cápsula elipsoide deiscente.





Ocorrência: 

Rio de Janeiro, na mata pluvial atlântica de altitude e meia encosta situada entre 300 e 600 m de altitude.

Madeira:  

Leve, macia ao corte, de textura grosseira, de baixíssima resistência ao ataque de organismos xilófagos ( são insetos que alimentam-se de madeira).

Utilidades: 

A madeira, de características mecânicas baixas porém, de grande tamanho, é indicada para confecção de canoas, cochos,cepas de tamanco, gamelas e embalagens. A árvore possui reflorescimento exuberante sendo recomendada para o paisagismo em geral.

Informações ecológicas: 

É uma planta pioneira, caducifólia (perdem suas folhas em uma determinada época do ano). Heliófita ( precisa da luz solar) e seletiva higrófita ( precisa da umidade), características da mata fluvial de encostas do Rio de Janeiro, onde é pouco frequente; adaptadas a áreas abertas, é encontrada com grande frequência sob cultivo e subespontânea na região da depressão central do Rio Grande do Sul, principalmente em Porto Alegre.

Floresce principalmente em março-abril. Os frutos amadurecem predominantemente em setembro-outubro.






Obtenção de Sementes: 

Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; em seguida deixá-lo secar ao sol para completar a abertura e facilitar a retirada e limpeza das sementes que estão em volta por plumas brancas. Um kg de sementes contém aproximadamente cerca de 9.700 unidades.





Produção de Mudas:  

As sementes devem ser postas para germinação logo que colhidas em semi sombreados contendo substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma fina camada do mesmo substrato peneirado e irrigando-se uma vez ao dia. A emergência ocorrerá  de 10-15 dias e a germinação geralmente é total. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado bastante rápido, podendo atingir mais de 2 m de altura aos 2 anos de idade.


Fonte de Pesquisa:  Árvores Brasileiras, Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil   Volume 03  Primeira Edição
Autor:  Harri  Lorenzi 

















Alporquia



Alporquia


Alporquia: É também chamado de alporque, é um método de reprodução assexuada de plantas, provocando a formação de raízes adventícias num ramo de uma planta já enraizada.

Método: Consiste em estimular o crescimento das raízes ou no caule principal de uma planta envolvendo um pedaço de ramo por terra em pedaço de plástico ou ramo umedecido. Após algum tempo formam-se as raízes, e ramo pode ser destacado para ser plantado. 
Para que o método seja efetivo é necessário interromper o fluxo descendente da seiva, mediante a retirada prévia de um anel da casca da planta ( anel de Malphighi) ou colocando um anel de arame metálico no local desejado para as raízes futuras.





O processo pode ser acelerado com a ajuda de hormônios ou pro-hormônios enraizantes tais como:
Ácido Indol-butílico ( IBA) ou com Cloridrato de Tiamina.







Plantas indicadas para alporquia: Azaléia, cerejeira, cipreste, pitangueira, romã, jaboticabeira, camélia, laranjeira, macieira, roseira, dracenas, comigo-ninguém-pode, ficus, cróton, pinheiros, e filodendro.



Exemplos de Alporquia




Alporquia em garrafas Peti





O método de alporquia é um dos métodos mais antigos usados para reprodução de plantas. É recomendado para multiplicação de espécies que  produzem caules, e ramos rijos e lenhosos ou que sejam difíceis de enraizar por estacas de galhos.

Uma das grandes vantagens deste método é que o funcionamento vegetativo da planta não é prejudicado, de forma a preservar e até favorecer a planta mãe.







Quando pretende-se usar o método para obtenção de novos exemplares recomenda-se selecionar ramos laterais para a operação. Por outro lado, quando, a intenção for controlar a altura, deve-se fazer o alporque na extremidade do caule principal.


Processo da Alporquia

* Com uma faca ou canivete, faça dois cortes logo abaixo da ultima folha do tronco ou ramo escolhido. Retire a casca entre os cortes, tomando cuidado de não danificar a parte interna do caule.



* Logo em seguida, pincele a parte que foi  descascada com pouco de pó de hormônio enraizador.




* Amarre um plástico ao redor do caule logo abaixo do corte, formando uma espécie de saco.
* Encha o saquinho plástico com esfagno ( é um tipo de musgo que consiste em um emaranhado de pequenos e finos galhos, com diminutas  folhas em volta.)




O esfagno deve ser umedecido apertando-o até o bem ao redor do corte de forma que fique totalmente coberto.
* Feche o saquinho, amarrando-o com um barbante ao redor do caule.
* Coloque o vaso sobre um prato com pedrinhas e água, mantendo-os num ambiente quente e úmido.
Após algumas semanas, as raízes começarão a surgir através do esfagno. Retire o plástico e corte o caule logo abaixo da bola de esfagno, usando uma tesoura de poda e fazendo um corte horizontal.
* Prepare um novo vaso com uma mistura de solo adubado e plante a nova muda imediatamente. Mantenha o esfagno no local, para não danificar as novas raízes, regue em seguida.


Fonte de Pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.











Veja o Resultado da Alporquia !

Alporquia em Laranjeira

Samambaia Gigante



Samambaia  Gigante


As samambaias são plantas do grupo das pteridófitas ou seja plantas vasculares sem sementes e compostas por raízes, caule e folhas. As samambaias gigantes  ou samambaiaçu são robustas, semi-lenhosa, de caule fibroso, curto, de 60-70 cm de comprimento, originária de matas úmidas do Japão,  Austrália, e Madagascar, folhas de até 5 m de comprimento, bipinadas, com folíolos linear alongado e finamente denteados.





O caule das atuais pteridófitas é subterrâneo e com desenvolvimento horizontal, mas em algumas pteridófitas, com os xaxins, o caule é aéreo. E geral cada folha dessas plantas dividem-se em muitas partes menores chamada folíolos.

A maiorias das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem  preferencialmente em locais úmidos e sombreados.






Pode ser cultivada como planta isolada ou formando grupos, à meia-sombra, em terra rica em máteria orgânica, mantida permanentemente encharcada. Também pode ser cultivada em vaso embutido em recipiente com água.


Reprodução das Pteridófitas


Reproduzem-se num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela apresenta a fase camada esporófito.
E certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados de soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução.
Em cada soro são produzidos inúmeros esporos.


Esporos de Samambaias





Quando os esporos amadurecem, os soros abrem-se e os esporos caem no solo úmido, cada esporo pode germinar e originar um protalo, que é uma planta sexuada produtora de gametas.



Soros



Fonte de pesquisa: Amabis e Martho  Biologia dos Organismos, Classificação, Estrutura e Função nos Seres Vivos, Plantas Ornamentais no Brasil  Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi  Hermes Moreira de Souza   Terceira Edição.