Características Morfológica:
Altura de 4-7 m de ramos glabros (desprovidos de pelos) de cor pardo-amarelada, com troncos tortuosos de 15-20 cm de diâmetro, revestido por casca fina e quase lisa, de cor pardo-amarelada. Folhas compostas palmadas (também chamada de folhas compostas elas apresentam os folíolos partindo de uma base comum) geralmente com 3 folíolos, podendo ter 4 ou 5 , peciolados.
com pecíolo comum canaliculado, glabro a esparso-pubescente, de 2,0-7,0 cm lâmina elíptico-lanceolada a largo-elíptica, de ápice agudo a acuminado e base arredondada a cordada, cartácea ((flexível seco e tenaz) glabra (desprovido de pelos) terminal de 6-8 2-4 cm os basais de 5-6 por 2-4 cm. Inflorescência terminais, com poucas flores de corola tubulosa de 5-6 cm de comprimento, com gemas abortivas fulvo-tomentosas (recoberta por pelos finos) inseridas no meio e na base dos pedicelos (estrutura originada da modificação do caule responsável pela sustentação e condução da seiva para as flores) Fruto cápsula cilíndrica, glabra de 15-35 cm de comprimento.
Ocorrência:
Região Norte de Minas Gerais no Vale do Jequitinhonha, na vegetação de caatinga arbóreo-arbustiva.
Madeira:
Pesada (densidade de 0,90 g/cm3), dura ao corte, de textura média, grã irregular, muito resistente ao ataque de organismos xilófagos ( é um tipo de inseto que alimenta de madeira)
Utilidade:
A madeira, pelas pequenas dimensões disponíveis, é empregada apenas localmente para estacas e mourões de grande durabilidade. A árvore é ornamental e de pequeno porte, tendo por isso bom potencial para cultivo paisagístico e na arborização urbana.
Informações Ecológicas:
Planta caducifólia (perdem suas folhas numa determinada época do ano) heliófita (precisa da luz do sol) é seletiva xerófita (adaptada a viver em climas semiáridos e desérticos) características exclusiva da caatinga da região do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, onde apresenta restinga dispersão. Ocorre nas formações primárias e nas capoeiras bem desenvolvidas situadas em terrenos pedregosos de solos secos e bem drenados. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis de curta durabilidade.
Floresce em agosto-setembro com a planta totalmente desprovida de suas folhagens. Os frutos amadurecem em setembro.
Obtenção de Sementes:
Para a obtenção de Sementes os frutos devem ser colhido diretamente da árvore logo após o início de sua abertura espontânea, em seguida devem ser deixados ao sol protegido por tela fina para completar a abertura e liberação das sementes. Um kg equivale a cerca de 29.500 unidades.
Produção de Mudas:
As sementes devem ser postas para germinação logo que colhidas em canteiros a meia sombra preparados com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma fina camada do substrato peneirado e irrigando se diariamente. A emergência ocorrerá de 7-15 dias com taxa de germinação geralmente superior a 50% quando nova, caindo rapidamente à medida que envelhece, anulando-se completamente em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é moderado.
Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 02
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Margarido Nascimento
as folhas da foto não sao do Ipê e sim da chefrelia
ResponderExcluirtambem achei as folhas diferentes dos demais ipes
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