Acácia esponjinha

Característica Morfológica:


Planta espinhenta, de 4-7 m de altura (arbustiva em terrenos pedregosos e pobres), dotada de uma copa larga e baixa. Tronco curto e tortuoso, com casca quase lisa e lenticelada ( são órgãos de arejamento encontrado nos caules  pequenos pontos de ruptura que aparecem como orifícios na superfície do caule e fazem contato com o meio ambiente, de 15-35 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, com eixo comum (pecíolo + raque) estruturas ramificadas, pubescentes (coberta por pelos finos) de 2-8 cm de comprimento, com uma glândulas sobre o pecíolo e com 2-8 pares de pinas.

Pinas de 1,5-3,0 cm de comprimento, com 12-23 pares de folíolos de 5-7 mm de comprimento, inflorescências em capítulos axilares multifloros com flores de cor amarela ou alaranjada muito perfumadas. Fruto legume indeiscentes (frutos que não abrem-se espontaneamante) subcilíndrico , arqueado , glabro (desprovido de pelos) contendo abundante polpa carnosa esponjosa entre as sementes.


Ocorrência:

Pantanal Mato-grossense nas formações semidecíduas de terrenos calcários e pedregosos. Também no Paraguai e Bolívia.


Madeira:

Muito pesada( densidade de 1,04 g/cm3), dura de textura média, com cheiro agradável, muito resistente e de longa durabilidade.

Utilidade:

A madeira é indicada para dormentes, mourões, esteios eixos, e rodas, rolos para moendas, construção civil, peças de resistências, cabos de instrumentos, bem como para lenha e carvão. As raízes de cheiro aliáceo (semelhante ao alho) a casca e as folhas são reputadas como medicinais e parasiticidas. A árvore de folha muito perfumadas, pode ser utilizada no paisagismo em geral. As flores são inseticidas e também usadas em perfumaria.

Informações Ecológica:

É uma planta decídua (perdem suas folhas numa determinada época do ano) é heliófita (precisa da luz solar) é xerófita (plantas adaptadas a viver em climas semiáridos e desérticos) característica e exclusiva de formações secundárias de terrenos secos e  pedregosos. Apresenta frequência elevada com dispersão contínua e regular. Ocorre principalmente ao longo de estradas e em pastagens, sendo considerada considerada pelos pecuaristas como planta daninha, tal seu vigor. Produz anualmente grande quantidades de sementes.

Floresce durante os meses de junho-setembro. Os frutos amadurecem em outubro-janeiro.

Obtenção de Sementes:

Colher os frutos (vagens) diretamente das plantas quando adquirirem a coloração marrom-escura e iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixá-los ao sol por alguns dias para facilitar  sua abertura manual para a retirada das sementes. Um kg de sementes contém aproximadamente 11.500 unidades.

Produção de Mudas:

Colocar as sementes para germinação, logo que, em canteiros de semeadura a pleno sol contendo substrato arenoso. Em seguida cobri-las com uma finfa camada do substrato peneirado e irrigar dias vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 2-4 semanas e a taxa de germinação geralmente é elevada. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 5-6 cm. O desenvolvimento das planta no campo e considerado rápido.

Folha Bipinada



Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 02












Velame ou Carvoeiro

Característica Morfológica:

Altura de 5-10 m dotada de copa arredondada mais ou menos densa. Tronco geralmente tortuoso e mais ou menos cilíndrico com casca rugosa de 30-50 cm de diâmetro. Folhas alternas estipuladas ou seja, seguimento que prende a folha ao tronco de várias plantas, folhas compostas imparipenadas (com folíolos impares) com eixo comum (raque mais pecíolo) de 15-20 cm de comprimento. Folíolos ( são subdivisões da folha) compostas. são cartáceos, discolores (seco, flexível e tenaz)  em números de 8-12 glabros na face superior (desprovidos de pelos) e brancos-sedosos com as nervuras ferrugíneas-tomentosas (recoberta por pelos finos) na inferior, de 5-10 cm de comprimento por 2-4 cm de largura, sobre pecíolo de 4-6 mm de comprimento. Inflorescências  em panículas terminais (tipo de inflorescência em que caracteriza-se por um cacho em que os ramos vão decrescendo da base para o ápice) amplas de 10-15 cm de comprimento. Com flores amarelas muito perfumadas. Fruto legume (vagens) indeiscentes ( frutos que não abrem-se espontaneamente) achatadas de 4-5 cm de comprimento, com uma única semente muito dura.

Ocorrência:

Região amazônica até o oeste da Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul e Mato Grosso em cerrados e cerradões.



Madeira:

Muito pesada, (densidade de 1.02 g/cm3), dura de aspecto fibroso, textura grossa, muito resistente e durável.

Utilidade:

A madeira é empregada apenas localmente para lenha e carvão de grande poder calorífico, bem como para carpintaria e para obras externas (mourões, dormentes, estacas) As flores são apícolas (ou seja apreciadas pelas abelhas) A árvore é rústica  e de rápido crescimento, é recomendada  para reflorestamento heterogêneos destinados a áreas degradadas.

Informações ecológicas:

É uma planta semi-decídua (perdem suas folhas em uma determinada época do ano) é heliófita (precisa da luz solar) e xerófita ( adaptada a viver em climas semi-áridos e desérticos) características exclusiva dos cerradões e matas semi-decíduas de regiões altas do Brasil Central e região amazônica.

Apresenta frequência elevada, não obstante muito irregular e descontínua na sua dispersão ao longo de sua vasta área de distribuição. O corre preferencialmente e em capoeira  sobre terrenos bem drenados situados em altitudes acima de 800 m. Produz anualmente abundante quantidades de sementes viáveis  disseminadas pelo vento.


Floresce durante os meses de outubro-novembro e os frutos amadurecem em julho-agosto.


Obtenção de Sementes:


Colhem-se os frutos (vagens) diretamente da árvore quando adquirirem coloração palha e iniciarem a queda espontânea Estes já podem ser considerado como sementes para fins de semeadura. A remoção da semente verdadeira é um tanto trabalhosa, entretanto permite escarificar química ou mecanicamente as sementes e melhorar sensivelmente a taxa de germinação. Um kg de frutos equivale a aproximadamente 4.800 unidades.

Produção de Mudas:

Colocar as vagens ou sementes escarificadas para germinação, logo que colhidas em canteiros a pleno sol  contendo substrato arenoso. A emergência ocorrerá de 4-5 semanas e a taxa de germinação  geralmente é baixa, mesmo ocorrendo com sementes escarificadas.


Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 02



Sombreiro ou Sombra-de-vaca

Característica  Morfológica:

Altura de 6-12 m com tronco curto e revestido por casca fina e lisa. Folhas compostas trifoliadas, ou seja, três folhas cujas folhas agrupam-se em três  estipulares (referem-se no que existe  na sustentação dos pecíolos ou segmento que prende a folha ao tronco de várias plantas) decíduas, longo-pecioladas; folíolos coriáceos ( quebra facilmente), na face superior glabros ( desprovidas de pelos) e na face interior seríceo-pubescentes (cobertas por pelos finos) de 14-20 cm de comprimento por 5-7 cm de largura. Inflorescências em racemos (quando os pedicelos das flores inserem-se  em diversos níveis em cacho). Com flores  de coloração azul-violeta. Frutos vagens achatadas e deiscentes (Abrem-se e liberam suas sementes ainda na planta).

Ocorrência:

Amazonas, Pará, Maranhão e Tocantins na floresta pluvial amazônica de terra firme.


Madeira:

Moderadamente pesada, mole, medianamente resistente, fácil de trabalhar, de baixa durabilidade sob condições  naturais.

Utilidade:

A madeira pode ser empregada em construção civil como divisórias internas, forros e, para construção de brinquedos e caixotaria. A árvore proporciona ótima sombra, além apresentar características ornamentais. É ótima para arborização urbana e rural, para o que já vem sendo largamente utilizada nas regiões sudeste e norte do país. Como planta rústica e de rápido crescimento, é presença indispensável nos reflorestamentos heterogêneos destinados à reconstituição da vegetação de áreas degradadas de preservação permanente.

Informações Ecológicas:

Planta decídua (perdem suas folhas em determinada época do ano) é heliófita ( precisa da luz solar) e seletiva higrófita (planta que gosta de umidade) características de formações secundárias da floresta pluvial amazônica. Apresenta nítida preferência por solos férteis e úmidos. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

Floresce durante o verão, prolongando-se até abril-maio em certas regiões. Os frutos amadurecem em maio-julho quando iniciam-se a queda das folhas.

Obtenção de Sementes:

Colhem-se os frutos (vagens deiscentes) diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um kg contém aproximadamente 1.800 sementes. Sua viabilidade em armazenamento é superior 4 meses.

Produção de Mudas:

Colocam-se as sementes para germinação logo que são colhidas em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. Cobri-las levemente com substrato peneirado e irrigar diariamente. A emergência ocorrerá de 10-20 dias e a taxa de germinação é elevada. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando ainda bem pequenas 3-4 cm. O desenvolvimento das mudas é rápido, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo que podem facilmente ultrapassar 2,5 m aos 2 anos.









A maior folha do mundo

Coccoloba:

Encontrada pela primeira vez em 1982 no município de Borda estado do Amazonas numa expedição pela bacia do Rio Madeira em plena floresta amazônica a maior folha do mundo.

A Coccoloba spp ( Polygonaceae)  é considerada a maior folha do mundo e chega a ter 2,50 m de comprimento por 1,44 m de largura na fase adulta.
Considerado pela comunidade científica como o maior coletor de plantas herborizadas da Amazônia brasileira,  Cid Ferreira comemorou em 2012 trinta anos da viagem em que descobriu as folhas gigantes.

A Coccoloba é um fenômeno da natureza.  É incrível como uma planta  que tem somente um caule lenhoso e consegue levar os nutrientes do solo até suas folhas, e desenvolvê-las até chegar a tamanha envergadura.





A Coccoloba armazena energia durante o dia e realiza fotossíntese durante a noite também.

O Brasil é o único país onde é possível encontrar a Coccoloba porém tememos que o avanço sem a devida preservação do meio ambiente na região amazônica podem colocar as folhas gigantes em risco a burocracia do país e a falta de incentivo por parte do governo federal atrapalham  à preservação da Coccoloba.




Vídeo sobre a Coccoloba:
http://qplantaeessa.blogspot.com/2015/03/a-maior-folha-do-mundo.html


Teca é também considerada umas das maiores folhas do mundo é espetacular.



Vídeos sobre a Teca:





Gunnera Manicata conhecida também como folha-de-mamute ou comida de dinossauro é uma planta ornamental endêmica da Mata atlântica do Brasil pertencente a Família  Gunneraceae.










Rabo-de-Arara

Característica Morfológica:

Altura de 6-12 m dotada de uma copa piramidal ou alongada, com ramos novos ferrugíneos-tomentosos (coberto com uma espécie de penugem).  Tronco ereto e ramificado,revestido por casca fina e pouco áspera, de 20-30 cm de diâmetro. Folhas simples, discolores e opostas cruzadas, cartáceas (folhas secas, flexíveis, tenaz como pergaminho) com nervuras muito proeminentes, face superior glabra (desprovidas de pelos) e inferior pubescente (parte da planta coberta por pelos finos) , principalmente sobre as nervuras, de 20-28 cm de comprimento por 15-20 cm de largura, sobre o pecíolo de 2-3 cm de comprimento  ou seja, a parte estreita que liga o limbo (é a região laminar da folha) de uma folha ao caule ou seja é a haste. Inflorescências em cimeiras, pauciflora  terminais ( com poucas flores), com flores tubulosas de vermelho-viva muito ornamental. Fruto cápsula globosas, tardiamente deiscente (frutos que abrem-se e libera suas sementes ainda na planta) contendo muitas sementes poliédrico-irregulares.

Ocorrência:

Região amazônica, na mata pluvial de terra firme,  principalmente no estado do Amazonas.



Madeira:

Moderadamente pesada ( densidade de 0.69 g/cm3), macia e fácil de trabalhar, de textura fina, uniforme, flexível, medianamente resistente e de baixa durabilidade quando exposta.

Utilidade:

A madeira é empregada apenas localmente para uso interno em construções rurais rústicas, bem como para lenha e carvão. A árvore é bastante ornamental quando em flor, podendo ser utilizada com sucesso no paisagismo em geral. Planta pioneira rústica e de crescimento bastante rápido, é recomendada para composição de reflorestamentos heterogêneos destinados a recuperação da vegetação de áreas incultas (espaço que pode ser empregado na expansão de culturas).

Informações ecológica:

Planta perenifólia (mantém suas folhas durante todo o ano), heliófita (precisa da luz solar) e até ciófila (plantas de lugares sombrios) , seletiva xerófita ( plantas adaptadas a viver em climas semiáridos e desérticos) característica e  exclusiva da floresta pluvial amazônica.. Geralmente de frequência abundantes de formações secundárias, pode faltar completamente no interior da mata primária. Apresenta dispersão descontínua e irregular ao longo de sua área de distribuição. Planta colonizada e rústica e, juntamente com as embaúbas a primeira espécie arbórea a surgir após o desmatamento.




Floresce quase o ano todo, porém com maior predominância durante os meses de março-maio. Os frutos amadurecem em maio-julho.

Obtenção de Sementes:

Colhem-se os frutos diretamente da árvore quando atingirem a coloração marrom avermelhada. Em seguida deixá-los ao sol para secar completamente e para facilitar seu quebramento e remoção das sementes. Um kg equivale aproximadamente 44.000 unidades.

Produção de Mudas:

Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e separadas em canteiros a pleno sol contendo substrato organo-arenoso. Em seguida cobri-las com uma fina camada de substrato  peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 50-80 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 5-6 cm e daí diretamente para o local definitivo com 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido, ultrapassando facilmente 2 m aos anos de idade.


Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 02



Sucupira-preto ou Sucupira-do-cerrado

Característica Morfológica:

Altura de 8-16 m com tronco de 30-50 cm de diâmetro. Folhas compostas pinadas, com 9-21 foliólos pubescentes (termo botânico que define uma parte da planta que é coberta por pelos finos, curtos e macios). Flores violeta, dispostas em panículas terminais. Os frutos são pequenas vagens achatadas e indeiscentes (frutos que não abrem-se espontaneamente).

Ocorrência:

Pará, Mato grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, no cerrado.


Madeira:

Pesada (densidade de 0,91 g/cm3), fibrosa e bastante decorativa e de longa durabilidade natural.

Utilidade:

A madeira é empregada para acabamentos, internos, como assoalho, lambris, molduras, painéis e portas. A árvore é extremamente ornamental quando em flor, podendo ser empregada com sucesso no paisagismo em geral; é particularmente útil para arborização de ruas estreitas. Planta pioneira e adaptada a terrenos secos e pobre, é ótima para reflorestamentos heterogêneos de áreas degradadas.

Informações Ecológica:


É uma planta decídua (perde parte de suas folhas durante o ano), heliófita ( precisa da luz do sol), seletiva xerófita (são plantas adaptadas a viver em climas semiáridos e desérticos), característica do cerrado. Apresenta ampla dispersão por todo o cerrado do Brasil Central e sua transição para a floresta semidecídua. Sua distribuição é bastante uniforme porém em baixa densidade populacional.
Ocorre tanto em formações primárias como secundárias, porém sempre em terrenos altos de rápida drenagem.


Floresce durante os meses de agosto-setembro com a planta quase despida de suas folhagens.Os frutos amadurecem a partir do mês de outubro, prolongando-se até o mês de dezembro.

Obtenção de Sementes:

Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida levá-lo ao sol para secar e facilitar a abertura e retirada das sementes. Podem-se utilizar também as pequenas vagens para a semeadura como se fossem sementes puras entretanto isso poderá resultar em mudas defeituosas. Um kg contém aproximadamente 36.700 unidades.

Produção de Mudas:

Colocar as sementes ou as pequenas vagens para a germinação logo que são colhidas e nenhum tratamento , em canteiros ou diretamente em recipientes individuais mantidos a pleno sol, contendo substrato organo-arenoso; cobri-las levemente com o substrato peneirado e irrigar diariamente. A emergência ocorrerá de 30-60 dias e, taxa de germinação geralmente é baixa. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante lento.





Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 01



Vinhático Amarelo

Característica Morfológica:

Altura de 15-30 m, com tronco bastante áspero e descamante, de 40-70 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, com 4-14 pares de pinas; foliólos em número de 10-20 pares por pina, de coloração pálida na parte inferior.

Ocorrência:

Pernambuco ao Rio de Janeiro, porém com maior frequência n Espírito Santo, Minas Gerais Rio de Janeiro, na floresta pluvial atlântica.


Madeira:

É leve ( densidade de 0,50 g/cm3), dura de textura média irregular, fácil de trabalhar, de longa durabilidade natural, com alburno (parte externa mais nova e funcional da madeira em plantas lenhosas) nitidamente diferenciado.

Utilidade:

A madeira é própria para mobiliário de luxo, lâminas faqueadas decorativas, painéis para construção civil, como acabamentos internos rodapés, molduras, persianas, venezianas, contraplacados, forros, tacos  e tábuas para assoalho, portas, para confecções de tonéis de vinho, tripés de aparelho topográficos. A árvore é muito exuberante e ornamental, prestando-se para o paisagismo em geral.

Informações ecológicas:

Planta decídua, (perdem suas folhas em uma determinada época do ano), heliófita (necessita da luz solar), característica da mata pluvial atlântica. Apresenta dispersão irregular e descontínua ao longo de sua área de ocorrência. Ocorre geralmente em terrenos elevados em matas mais ou menos secas, principalmente no interior  da mata densa.

Floresce durante os meses de novembro-dezembro junto com o surgimento de novas folhagens. Os frutos iniciam sua maturação no final de julho, prolongando-se até o final de agosto.

Obtenção de sementes:

Colhem-se os frutos diretamente da árvore quando começarem a abrir espontaneamente. Em seguida levá-los ao sol para secagem e completar a abertura de suas sementes. Não há necessidade de retirar a película membranácea que envolve a semente. Um kg equivale a aproximadamente 16.800 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é  superior a 4 meses.

Produção de Mudas:

Colocam-se as sementes para germinar logo que são colhidas sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso. Cobri-las com uma leve camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorrerá  de 8-20 dias e, a taxa de germinação geralmente é inferior a 20%. Faz-se necessário desenvolver estudos de escarificações para aumentar sua germinação. Transplantar as mudas para o canteiro  individuais quando atingirem 3-5 cm. O desenvolvimento das mudas é lento, as quais ficarão prontas para o plantio no local definitivo em 8-9 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é moderado, alcançando 2,5-3-0 m aos 2 anos.



Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 01






Bracaatinga ou Bracatinga

Característica Morfológica: 

Altura de 5-15 m com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas muito variáveis, com 4-14 pares de pinas  opostas de 3-6 cm de comprimento, foliólos em números de 15-30 pares por pina, de 4-8 mm de comprimento.

Ocorrência:

São Paulo ao Rio Grande do Sul em regiões de altitudes na florestas de pinhais.


Madeira:

Moderadamente  pesada (densidade de 0,67 g/cm3), dura ao porte, medianamente, de baixa durabilidade natural.

Utilidade:

A madeira cerrada é empregada na construção civil, para acabamentos internos e, principalmente para compensados e caixotaria. É ótima para  carvão. A árvore é bastante ornamental, principalmente quando em flor. Pode ser empregada com sucesso no paisagismo, principalmente na arborização de ruas estreitas. Como planta pioneira de rápido crescimento, não deve faltar nos plantios de áreas degradadas de preservação em composição mista. As flores são melíferas.

Informações Ecológicas:

Planta semidecídua (floresta que perdem parte de suas folhagens em determinada época do ano), é heliófita (precisa da luz solar) pioneira bastante indiferentes quanto às condições  físicas do solo. É características e exclusiva das matas de pinhais, principalmente de de associações secundárias, onde chega  frequentemente a formar agrupamento puros. produz anualmente grande quantidade de sementes variáveis.

Floresce durante longo período, porém com mais intensidade a partir de junho até agosto. Os frutos amadurecem em novembro-janeiro.

Obtenção de Sementes:

Colher os frutos (pequenas vagens) diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida levá-los ao sol  para secar e facilitar a abertura manual e retirada das sementes. Um kg equivale aproximadamente 66.000 unidades.

Produção de Mudas

As sementes são duras  e devem ser escarificadas antes da semeadura para melhorar a germinação. Isso pode ser feito fervendo-as durante 3 minutos ou deixando-as de molho em água durante 2 dias. Semeá-las em seguida em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato argilo-arenoso, mantidos em ambientes semi-sombreados ou a pleno sol. A emergência  ocorrerá em 20-30 dias e, a taxa de germinação é alta. Transplantar as mudas dos canteiros para as embalagens individuais quando atingirem 4-5 cm, as quais ficarão prontas para o plantio no local definitivo e 3-4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.





Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 01


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