Fanerógamas ( plantas com sementes)


A maioria das plantas que conhecemos pertence ao grupo das fanerógamas. O termo "fanerógama
( visível) refere-se ao fato dessas plantas apresentarem órgãos reprodutores evidentes, ao contrário do que ocorre nas criptógamas. As fanerógamas são também chamadas de espermatófitas ( plantas que possuem sementes).


Classificação da Fanerógamas: Compreendem-se dois grupos informais: 

Gimnospermas( sementes nuas, ou seja, sementes expostas)
Angiospermas( possuem a semente alojada dentro do fruto)

As gimnospermas são divididas em quatro grupos mas o mais conhecido é o grupo das Coníferas
que compreende  os pinheiros, os ciprestes e os cedros. As cicadófitas ou cicadáceas, lembram pequenas palmeiras, e algumas são utilizadas como plantas ornamentais.


Cicadáceas




Habitat: As fanerógamas estão amplamente distribuídas pelo mundo, ocupando tanto regiões úmidas quanto desertos. Há diversas espécies aquáticas.

As gimnospermas são abundantes em regiões temperadas do hemisfério norte, onde formam extensas florestas chamadas taigas.No Brasil existe uma formação vegetal de coníferas conhecida como mata de araucárias, típica da região sul do país. Essa mata, hoje bastante destruída pela exploração irracional da madeira, cobria no passado grande parte dos estados Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A árvore predominante  na mata de araucárias é o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifolia).
As angiospermas são as principais constituintes das florestas temperadas e tropicais dos campos, dos desertos, dos manguezais etc. e constituem a fonte básica de alimento para a humanidade.


Pinheiro-do-paraná




Adaptações das fanerógamas à vida terrestres: O grande sucesso das fanerógamas pode ser atribuído a duas importantes adaptações ao ambiente terrestre:
A independência de água para a reprodução e a propagação por meio de sementes.

A independência da água para a reprodução: As plantas fanerógamas herdaram de suas ancestrais o ciclo de vida alternante. Em comparação com aquelas plantas, porém seus gametófitos são reduzidos que parecem pequenos órgãos reprodutores dos esporófitos que uma geração separada.

As adaptações evolutivas das fanerógamas eliminaram a necessidade de o gameta masculino nadar para encontrar o gameta feminino. Com isso, as fanerógamas tornaram -se altamente adaptativas ao ambiente terrestre.

O papel da semente: Uma importância evolutiva fundamental no meio terrestre é a presença da semente, um meio de dispersão muito mais eficiente do os esporos. 
Uma semente pode ser comparada ao ovo de um réptil ou ave. Contém um embrião, um suprimento de reservas alimentares e um envoltório protetor. As reservas de alimentos servem para nutrir o embrião em desenvolvimento até o aparecimento das raízes e folhas e aquisição de realizar fotossíntese. Certas sementes, por exemplo, permanecem vivas durante a estação seca, até que surjam condições de umidade favoráveis à sua germinação.

As sementes das plantas de regiões temperadas são capazes de resistir ao frio intenso do longo período de inverno, germinando somente quando as condições de temperatura tornam-se favoráveis.
Essa capacidade de resistir a condições desfavoráveis permite que as sementes espalhem-se e germinem a grandes distâncias da planta-mãe.


Estróbilos femininos desenvolvidos de Pinus alguns meses após a fecundação





Estróbilos: São estruturas reprodutoras das angiospermas que correspondem um ramo fértil responsável pela produção de esporos.

Existem dois tipos: 
Megásporo: Que produz esporos femininos.

Micrósporo: Que produz esporos masculinos.


Amabis  e  Martho     Biologia  dos  Organismos  Volume  2

Classificação, Estrutura e Função dos Seres Vivos



























Caiué, dendê-do-pará


Características gerais- Possui caule solitário, rastejante na base formando-se ereto no ápice, desprovido de palmito no topo, de 1-6 m de altura e 30-40 cm de diâmetro, com aspecto grosseiro e marcado pelas cicatrizes das folhas já caídas. Folhas numerosas (20-40 contemporâneas), pinadas, arqueadas, planas, de 2,5-3,5 m de comprimento;






Pinas lineares, em número de 33-90 de cada lado da raque, de cor verde-brilhante, distribuídas regularmente e dispostas num mesmo plano; a forma da distribuição das pinas sobre a raque separa essa espécie do dendezeiro africano que as tem agrupadas e em diferentes planos; pecíolo longo e coberto por espinhos fortes e recurvados nas margens.





Possui inflorescências ramificadas e dispostas de maneira comprimida entre as folhas, cobertas por brácteas em forma de fibras na floração, unissexuadas, porém geralmente de um único sexo de cada vez. Frutos oblongos ou comprimidos pelo excesso na infrutescência, alaranjados, de polpa oleosa e com uma semente.





Habitat- Região Amazônica, onde é esporádica em várzeas úmidas ao longo de rios e córregos, persistindo na capoeira após a derrubada da mata. Também na América Central, Colômbia e Guianas, onde é mais frequentes.


Utilidades- Seu mesocarpo é rico em óleo, o qual é extraído localmente para uso na cozinha, iluminação e como creme capilar. Atualmente é cultivada com tal finalidade, contudo não na mesma extensão que o dendezeiro-africano.
Também é cultivado ocasionalmente com fins ornamentais.


Produção de Mudas- A frutificação é abundante de janeiro a julho. Um kg contém cerca de 1.100 unidades, cujas sementes germinam em 3-4 meses. A remoção da polpa e embebição em água por 7 dias melhoram sua germinação


Flora Brasileira   Autor: Harri Lorenzi     Arecaceae (Palmeiras)