Piúva-do-campo ou Piúva-roxa

Características  Morfológicas:

Altura de 15-30 m com tronco ereto e cilíndrico de 50-140 cm de diâmetro, revestido por uma casca grossa, e fissurada sentido longitudinal, dotado de copa semiglobosa de folhagem decídua. Folhas compostas palmadas (folhas que apresentam folíolo partindo de uma base comum) 5-7 folioladas, com pecíolo de 4-10 cm folíolos cartáceos, glabrescente (perdem os pelos espontaneamente) em ambas as faces, o terminal de 5-14 cm de comprimento. Inflorescências em panículas terminais, com flores  de corola róseo-avermelhada de 5-7 cm de comprimento. Fruto cápsula estriada de 18-24 cm de comprimento e quase glabras (desprovida de pelos). Essas espécies  é considerada por alguns autores como sinônimo de Tabebuia.

Ocorrência:

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal Mato-grossense, em solos úmidos na vegetação associada a rios  e vazantes, sendo  a árvore mais alta desse bioma.


Madeira:

Pesada (densidade de 1,00 g/cm3), contendo lapachol ou ipeína (composto orgânico natural isolado de árvores aparentadas do ipê quimicamente é um derivado da naftoquinona) difícil de trabalhar, muito resistente ao ataque de organismos xilófagos (insetos que alimentam de madeira).

Utilidades:

A madeira, durável e resistente, pode ser usada em construção civil, hidráulica e obras externas como currais, pontes, marcenaria e tornearia. A árvore, de florescimento exuberante, é ótima para o paisagismo.

Informações Ecológicas:

Planta heliófita (precisa da luz do sol) e seletiva higrófita (gosta de umidade) quanto à exigência de luz e água respectivamente, que embora sendo a vegetação primária tem a capacidade de regeneração em áreas abertas. Espécie características e exclusivas das florestas ripárias da região do Pantanal Mato-grossense onde é frequente e abundante.

Floresce durante os meses de junho-agosto com a árvore totalmente despida de suas folhagens. Os frutos amadurecem de setembro a novembro.

Obtenção de Sementes:

Os frutos ( cápsulas) devem ser colhidas diretamente da árvore quando iniciarem sua abertura espontânea, deixando-os em seguida secar à sombra para completar a abertura e liberação das sementes. Um kg de semente assim obtido contém aproximadamente 34.700 sementes.


Produção de Mudas:


As sementes devem ser postas para germinação imediatamente  após sua colheita porque perdem rapidamente sua capacidade germinativa; devem ser semeadas em canteiros semissombreados contendo solo de textura média ou arenosa enriquecido  de matéria orgânica bem decomposta.
A emergência demora poucos dias e a taxa de germinação  é alta com sementes frescas.




Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 02












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