Pata-de-vaca

Características Morfológicas:

Casca suberosa
Altura de 3-8 m dotada de uma copa larga e baixa, sem espinhos e com semidecídua (perde parte de suas folhas durante o ano), de tronco curto e quase cilíndrico, com 15-25 cm de diâmetro, revestido por uma casca suberosa (que tem consistência da cortiça) e sulcada longitudinalmente (descamante e de coloração cinza) ou cor pardo acinzentada.

Folhas simples e alternas, com pecíolo de 1-4 cm de comprimento; lâmina cartácea (seco flexível), e bilobada com a forma de pata-de-vaca, glabras (desprovidas de pelos) e brilhante na face superior e opaca e de cor mais clara embaixo, de 2-7 cm de comprimento por 3-9 cm de largura, com 7-9 nervuras principais saindo da base.

Inflorescências em racemos axilares (quando a inflorescência das flores inserem-se em diversos níveis em cacho) e terminais curtos, com poucas flores andrógenas de pétalas brancas com aparte estandarte amarela. Fruto legume  achatado e deiscente (quando o fruto abrem-se e libera suas sementes ainda na planta), com 6-12 sementes.

Ocorrência:

Sul e Sudeste ( São Paulo) do país, na floresta semidecídua da bacia do Paraná.


Madeira:

Pesada, de densidade de 0,94 g/cm3, de textura média de ótima resistência ao ataque de organismos xilófagos (inseto que alimenta de madeira).

Utilidades:

A madeira, pelas pequenas dimensões disponíveis, é indicada apenas para estacas e mourões, bem como para lenha. Planta ornamental, principalmente quando em flor, é recomendada para uso paisagístico em geral; de crescimento rápido, é indicada para reflorestamento.

Informações Ecológicas:

Planta semidecídua (perde parte de suas folhagens durante uma determinada época do ano) seletiva heliófita (precisa da luz do sol) e higrófita (gosta de umidade), é uma característica e exclusiva da floresta estacional semidecídua da bacia do Paraná, onde é amplamente dispersa com padrão de distribuição descontínua e irregular. Em condições de cultivo e fora do habitat natural raramente produz semente.

Floresce principalmente em janeiro e fevereiro. Os frutos amadurecem e abril-maio.

Obtenção de Sementes:

Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando ainda não completamente maduros, mas quando os primeiros iniciarem a abertura espontânea; em seguida deverão ser deixados ao sol para secá-los e completar a abertura. Um kg de semente contém 12.500 unidades.

Produção de Mudas:

As sementes devem ser postas para germinação logo que colhidas em canteiros a meia sombra, preparadas com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma fina camada do mesmo substrato peneirado e irrigando-se uma vez  ao dia. A emergência ocorrerá cerca de três semanas, com a taxa de germinação geralmente elevada. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado moderado, dificilmente ultrapassando 2 m de altura aos 2 anos de idade.




Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 01



Nenhum comentário:

Postar um comentário