Característica Morfológica:
Altura de 3-8 m, lactescente, de folhagem semidecídua ou seja; elas perdem-se durante uma determinada época do ano e ramos lenticelados (órgãos de arejamento encontrado nos caules ou pequeno ponto de ruptura que aparecem como orifícios e fazem contato com o meio ambiente), com tronco irregular de 25-32 cm de diâmetro, revestido por uma casca grossa e suberosa (local de onde parte as raízes secundárias) longitudinalmente, de cor pardo-clara. Folhas simples, opostas, com pecíolo de 1-12 mm de comprimento; lâmina cartácea (seco, flexível) estreito-elíptica, de ápice agudo, obtuso ou acuminado, glabra (desprovida de pelos) ou pubescente em ambas as faces, de 4-20 cm de comprimento; por 1-6 cm de largura. Inflorescências terminais com 5-30 flores perfumadas de pétalas brancas que abrem-se durante o dia. Frutos deiscentes (quando abrem-se e libera suas sementes ainda na planta) e constituído de 2 mericarpos (é a parte de um fruto que contendo uma só semente separa-se de maneira longitudinalmente dando aspecto de um fruto completo) com muitas sementes envoltas .
Ocorrência:
Sul e Sudeste (São Paulo) do Brasil, na mata atlântica, em florestas de galeria, mata mesófita (plantas que vivem em ambientes úmidos) entre 0-600 m de altitude.
Madeira:
Leve, macia ao corte, de textura grossa, de pouca resistência ao ataque de insetos e ao apodrecimento.
Utilidade:
A madeira, de propriedades mecânicas baixa e de pequenas dimensões, pode ser usada apenas para caixotaria. A árvore em geral é ornamental e pode ser cultivada no paisagismo em geral e em reflorestamentos mistos destinados à áreas de preservação.
Informações Ecológicas:
Planta pioneira, heliófita (precisa da luz do sol) e seletiva higrófita (gosta de umidade), características das subsserras e de vasta dispersão na zona da mata pluvial de encosta Atlântica, bem como dos capões e maras semidecíduas. Frequente também em capoeira sucessionais situados em solos úmidos, orlas de matas e clareiras da mata atlântica.
Floresce principalmente em outubro-novembro. Os frutos amadurecem predominantemente em maio-junho.
Obtenção de Sementes:
Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; em seguida deixá-lo secar à sombra para completarem sua abertura e facilitar a retirada das sementes, não havendo necessidade de remover a fina camada de arilo que as envolve. Um kg equivale aproximadamente 6.800 unidades.
Produção de Mudas:
As sementes obtidas devem ser semeadas imediatamente em canteiros a meia-sombra preparados com substrato organo-argiloso, cobrindo- as com uma fina camada do substrato peneirado. A emergência ocorrerá de 40-50 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. O crescimento das plantas no campo é considerado rápido.
Fonte de pesquisa: Manual de Identificação e cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil / Autor Harri Lorenzi / Volume 01
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