Curaci ou Rabo-de-Arara



Curaci ou Rabo-de-Arara


Características Morfológicas: Altura de 4-8 m, dotada de copa esparsa e irregular. Tronco tortuoso e mais ou menos cilíndrico, de 15-25 cm de diâmetro, revestido por casca fina e pouco áspera. Folhas simples, inteiras membranáceas, concentradas na ponta dos ramos, glabras na face superior e esparsamente ferrugíneo-pubescentes na inferior principalmente sobre as nervuras principais, de tamanho muito variável  (20-50 cm de comprimento por 7-12 cm de largura), sobre pecíolo de 4-5 cm de comprimento. Inflorescências em cimeiras paniculadas, compostas de flores pequenas de cor amarelada, onde um lóbulo do cálice de uma flor de cada cimeira expande-se numa pseudobráctea  grande de cor vermelho-viva, que confere toda a beleza à inflorescência. Fruto cápsula pubescente, contendo muitas sementes minúsculas. Lóbulo ( São partes de uma folha ou flor com recorte pouco acentuado.




Ocorrência: Região Amazônica, principalmente nos estados de Mato Grosso e Amazonas, na mata pluvial de terra firme.

Madeira: Moderadamente pesada, de textura média, uniforme, de média resistência mecânica e pouco durável.

Utilidades: A madeira, pelas pequenas dimensões disponíveis, é indicada apenas para serviços de marcenaria leve, cabos de ferramentas, bem como para lenha e carvão. A árvore é extremamente ornamental quando em flor, podendo ser usada com sucesso no paisagismo em geral, o que já vem sendo feito em escala reduzida na região Norte do país.

Informações Ecológicas: Planta perenifólia, heliófita ou de luz difusa, seletiva higrófita, características e exclusiva da floresta pluvial amazônica. De dispersão descontínua ao longo de sua faixa de distribuição, pode ocorrer em abundância em certas áreas e faltar completamente outras. Ocorre preferencialmente em matas perturbadas em várzeas de solos argilosos e em beira de rios, mais frequentemente em capoeiras de sementes viáveis, amplamente disseminadas pela ação do vento.





Floresce quase durante o ano todo, porém com maior predominância nos meses de julho-setembro. O frutos amadurecem principalmente a partir de setembro.


Obtenção de Sementes: Colhem-se as infrutescências inteiras diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea dos frutos. Em seguida deixá-los ao sol para completarem sua abertura e a liberação das minúsculas sementes. Um kg equivale a 6 milhões de unidades.




Produção de Mudas: Colocar as minúsculas sementes para germinação, logo que são colhidas, em canteiros a pleno sol contendo substrato arenoso. Em seguida irrigar copiosa e delicadamente os canteiros para enterrá-las. A emergência ocorrerá de 30-40 dias e a taxa de germinação é baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 4-5 cm e daí diretamente para o local definitivo em 6-7 meses.

Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor   Harri  Lorenzi     Volume   02    Quarta  Edição



























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