Paineiras das Pedras
Características Morfológicas: Altura de 4-6 m, dotada de copa com ramos aculeados quando velhos. Tronco curto e engrossado nas bases. com casca grossa rugosa provida de muitos acúleos ( é um processo epidérmico usualmente pontiagudo, que destacam-se com relativa facilidade. São frequentemente confundidos com os espinhos, mas diferem destes por não apresentarem vascularização. Acúleos ocorrem em vários órgãos das planta), são grandes, de 40-60 cm de diâmetro. Folhas compostas digitadas, com 5-7 folíolos, sobre pecíolo glabro de base engrossada e de 3-6 cm de comprimento. Folíolos glabros membranáceos, discolores, de 4-9 cm de comprimento por 1-5 a 3,2 cm de largura, sobre pecíolulo de 3-6 cm de comprimento. Flores frequentemente solitárias, axilares, sobre pedúnculo grossos de 1,0-1,5 cm de comprimento, com pétalas tomentosas de cor branca com a garganta vermelha, que abrem-se geralmente a noite. Fruto cápsula cilíndrica, glabra, de 9-12 cm de comprimento por 6-7 cm de diâmetro, que ao abrir-se deixa expor fibras sedosas que envolvem as sementes.
Ocorrência: Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, nas formações deciduais rochosas da costa litorânea.
Madeira: Muito leve ( densidade de 0,20 g/cm3), macia de textura média, de baixa resistência mecânica e curta durabilidade.
Utilidade: A madeira é empregada apenas localmente para confecção de embalagens. A paina dos frutos é empregada localmente para enchimento de colchões travesseiros e almofadas. A árvore é bastante ornamental, apesar da grande quantidade de acúleos de seu tronco e ramos, podendo ser empregada com sucesso no paisagismo em geral.
Informações Ecológicas: Planta decídua ( perdem suas folhas numa determinada época do ano), heliófita, seletiva xerófita( é adaptada a viver em climas semiáridos e desérticos) características exclusivas dos morros de pedra, muito comuns nas costa atlântica do Rio de Janeiro até a Bahia, principalmente na costa do Espírito Santo. Ocorre preferencialmente junto às fendas das pedras ou dos terrenos pedregosos que fazem a transição com os solos normais, porém sempre nas superfícies declivosas. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminadas pelo vento.
Floresce durante os meses de maio-junho. Os frutos amadurecem de agosto a setembro.
Obtenção de Sementes: Colhem-se os frutos da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, o que é facilmente notado notado pela paina esbranquiçadas. Em seguida deixá-los expostos ao sol cobertos por uma peneira durante mais alguns dias para completarem a abertura e facilitar a remoção manual das sementes envoltas pelas fibras. Um kg de sementes contém aproximadamente 17.000 unidades.
Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinação, logo que colhidas, em seguida cobri-las com uma camada de 0,5 cm de substrato. A emergência ocorrerá em alguns dias e a taxa de germinação geralmente é elevada. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado rápido, atingindo até 2 m aos 2 anos de idade.
Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil
Autor Harri Lorenzi Volume 02 Quarta Edição
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