Sombra-de-touro


Características Morfológicas: 

Exemplo de Brácteas
Altura de 4-7 m, de copa piramidal alongada de folhagem perene e espinescente, com tronco ereto de 20-30 cm de diâmetro, revestido por casca suberosa e fissurada longitudinalmente de cor pardo amarelada. Folhas alternas e com pecíolo muito curto; lâminas romboédrica, com um espinho em cada ângulo, coriácea (quando sua textura é semelhante ao couro e quebra-se facilmente) concolor e glabra (desprovidas de pêlos) em ambas as faces de 3-5 cm de comprimento por 2,0-3,5 cm de largura, com nervura principal muito saliente e as secundárias pouco. Inflorescências axilares, em glomérulos, com brácteas carnosas (brácteas são estruturas foliáceas associada às inflorescências das angiospermas). Tem origem foliar e a função original é proteger a inflorescência ou as flores em desenvolvimento.

Fruto cápsula drupácea rugosa e deiscente, dividida em cinco partes que desprendem-se. Drupácea 



Ocorrência:

Santa Catarina, ao Rio Grande do Sul, nos capões e na submata dos pinhais situados na borda oriental do Planalto Meridional.


Madeira:  

De densidade de 0,95 g/cm3, dura ao corte, textura média, de moderada resistência ao  apodrecimento.



                               
Utilidades: 

A  madeira, de pequenas dimensões, só encontra aplicação na confecção de mourões e dormentes, bem como para lenha e carvão. As folhas são reputadas como medicinais e os frutos consumidos por várias espécies de aves. A árvore, de característica ornamental notável pela suas folhagens, é indicada para cultivo no paisagismo em geral.





Informações Ecológicas:

Planta perenifólia, ( mantém suas folhas durante o ano inteiro), esciófita ou heliófita (necessita da luz do sol) e seletiva higrófita (adapta bem a umidade) é de característica da submata de pinhais, onde tem dispersão ampla, porém muito pouco frequente.; também encontrada com alguma frequência até o nível do mar no extremo sul do Rio Grande do Sul em capões de restinga, preferindo sempre terrenos bem drenados.

Floresce principalmente durante o outono (março-abril). Os frutos amadurecem principalmente em janeiro e fevereiro.





Obtenção de Sementes: 

Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, cortando-se as infrutescências e batendo-a sobre uma lona para derriçá-los, deixando-os ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um kg contém cerca de 6.900 unidades.









Produção de Mudas:

As sementes devem ser postas para germinação logo que são colhidas em canteiros semissombreados preparado com substrato organo-arenoso, cobrindo-se com uma fina camada do mesmo substrato peneirado e irrigando-se uma vez ao dia. A emergência demora de 40-60 dias com a taxa de germinação geralmente baixa. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado lento, dificilmente ultrapassando 1 m de altura aos 2 anos de idade.



Fonte de pesquisa: Árvores Brasileiras  Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil

Autor:  Harri  Lrenzi.  Volume 03   Primeira edição




Margarido Nascimento









































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