Ipê de Jardim



Ipê-de-Jardim, Amarelinho ou Ipê-Mirim


Tecoma Stans é conhecido por uma variedade de nomes comuns, amarelinho, guarã-guarã, ipê-mirim, ou sinos-amarelos. Este arbusto perene recebe tantos nomes devido as suas flores amarelo vibrante em forma de trombeta que floresce na primavera, verão e outono. Em áreas com geadas fortes, geralmente cresce como arbusto, mas em climas amenos pode crescer como uma árvore e pode chegar até 25 metro de altura.




Mas com árvore pequena pode chegar de 3 a 6 metros de altura, apresenta caules bastante ramificados e floríferos. É originário dos Estados Unidos, México, Guatemala e América do Sul (exceto Brasil).
Possui folhas opostas, pinadas, com folíolos quase sésseis( não possuem capacidade de locomoção ou não possuem pecíolo ou haste de suporte).






Inflorescências terminal, com poucas flores tubulares, campanuladas, amarelas.
Pode ser cultivado através de sementes ou mudas, multiplica-se facilmente por sementes e por estacas de ramagem.





O Ipê-de-Jardim é também chamado de arboreto bastante ramificado possuem folhas compostas por folíolos ovais-lanceolados, sub-sésseis e de bordas serrilhadas.
A floração maior dá-se nos meses  mais quentes.

No paisagismo é apropriada  isolada ou em grupos, formando renques ( é o conjunto de plantas ou indivíduos dispostas de forma alinhadas ou em filas). É uma planta muito rústica, deve ser cultiva a pleno sol, em solo fértil enriquecido com matéria orgânica, com regas no período mais secos.


Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, Herbáceas e trepadeiras

Autor:  Harri  Lorenzi e  Hermes Moreira de Souza.  Terceira  Edição












Pata de Elefante



Pata de Elefante  


É uma planta arbustiva e semi-lenhosa, ereta, volumosa, originária do México, pode alcançar de 3 a 5 metros de altura possui um tronco não ramificado, muito dilatado na sua base, com uma cabeleira de folhas na extremidade, coriáceas,  côncavas e de margem áspera.
Também é considerada pelos jardineiros e paisagistas uma planta muito semelhante com as palmeiras.
Possui uma raiz extremamente larga para que possa armazenar água, o que dá a ela a principal característica  que a difere das palmeiras, além de ser capaz de sobreviver por um longo período de estiagem.





Inflorescências eventuais, eretas, grandes, densas, com numerosas flores pequenas esbranquiçadas, formadas no outono e pouco valor ornamental.





Como  plantar Pata de Elefante

Se optar por plantar em vasos o crescimento certamente será lento e não será necessária a troca do vaso , pois ela tem a capacidade de adaptar-se ao tamanho do recipiente entretanto, deve ser plantada logo em sua fase jovem para que as raízes fiquem bem apertadas.

No caso dos jardins é indicado cultiva-las em grupos pequenos com uma distância boa entre elas, por isso, o jardim deve ter um bom espaço.
As melhores mudas são encontradas em  viveiros e para um bom desenvolvimento da planta use substrato ou adubo artificial para cactos.





É tolerante a baixas temperaturas e multiplica-se por sementes produzidas nas plantas femininas.


Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras

Autor;  Harri  Lorenzi   e   Hermes Moreira de Souza.

















Faveiro ou Barbatimão




Faveiro   ou   Barbatimão



Características Morfológicas: Altura de 4-18 m , dotada de copa frondosa( cheia de vida, bela) e baixa, com ramos novos lenticelados e pubescentes( coberto de pelos finos) lenticelados ( são órgãos de arejamento encontrados nos caules ou pequenos pontos de ruptura que aparecem como orifícios na superfície do caule). de tronco curto, de 30-40 cm de diâmetro, revestido por casca rugosa e castanho-acinzentada. Folhas bipinadas de 30-40 cm de comprimento, com 5-8 pares de pinas alternas e opostas, com pecíolo comum de até 13 cm, cada pina com 10-20 pares de folíolos; lâmina do folíolo cartácea ( sensível, flexível), oval e oblonga, glabrescente( desprovidas de pelos) de 2-3 cm de comprimento por 1,0-1,6 cm de largura. Inflorescência paniculado-corimbosa de 2-20 cm de comprimento, compostas de espigas curta reunidas em corimbos (é uma  modalidade da inflorescência em que os pedúnculos florais, nascendo à diversos níveis da haste elevam-se todos à mesma altura).de 5-6 cm de comprimento, com flores amarelas. Frutos legume achatado, indeiscentes( são os frutos que não abrem-se espontaneamente), de 8-15 cm de comprimento.





Ocorrência: Região do Baixo Amazonas, Nordeste e Centro-Oeste, nos cerrados e cerradões, matas ciliares da região do semiárido e campos.


Madeira: Pesada( densidade de 0,80g/cm3), é macia ao corte, de textura grossa de boa resistência ao apodrecimento.


Utilidades: A madeira, de características mecânicas médias, é indicada para obtenção de lâminas desenroladas para compensados, lâminas faqueadas decorativas, móveis simples, painéis e tábuas. A árvore fornece ótima sombra, sendo recomendada para o paisagismo rural.


Informações Ecológicas: Planta pioneira, heliófita ( precisa da luz solar) e seletiva higrófita( gosta de umidade) é características de formações secundárias abertas, onde sua frequência chega a ser elevada em algumas regiões, porém bastante descontínua ao longo de sua faixa de distribuição.





Floresce principalmente de janeiro a março na região Nordeste do país, onde é mais abundante. Os frutos amadurecem em junho-julho.


Obtenção de Sementes: Os frutos(vagens) são recolhidos no chão após queda espontânea; em seguida devem ser deixados secar ao sol para facilitar a abertura manual e retirada das sementes. Um kg equivale cerca de 3.100 unidades.





Produção de Mudas: As sementes possuem tegumento muito duro e devem ser escarificadas mecanicamente para melhorar sua germinação antes da semeadura; em seguida deve ser posta para germinação em canteiro a meia-sombra preparados com substrato organo-arenoso cobrindo-as com uma fina camada do mesmo substrato peneirado e irrigando-se uma vez ao dia. A emergência ocorrerá de 60-80 dias e a taxa de germinação é baixa mesmo com sementes escarificadas. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado lento.



Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor:  Harri  Lorenzi.    Volume   03       Primeira  Edição.


















Casca-d`anta ou Cataia



Casca-de-Anata  ou Cataia


Características Morfológicas: Atura de 4-8 m, dotada de copa globosa e densa. Tronco geralemente tortuoso, de 30-40 cm de diâmetro, com casca rugosa cor cinza. Folhas simples, glabras ( desprovidas de pelos), de coloração verde mais glabra na face inferior, com 8-12 cm de comprimento por 2-3 de largura. Inflorescências em panículas terminais, com flores brancas. Fruto baga  subglobosa, contendo de 2-5 sementes.


Ocorrência: Em todo o país em várias formações florestais, porém principalmente em matas ciliares e na floresta semi-decídua de altitude.


Madeira: É moderadamente pesada, compacta fácil de trabalhar, de baixa durabilidade quando exposta.





Utilidades:  A madeira é própria para obras internas, carpintaria e caixotaria e, para lenha e carvão. A casca é aromática e medicinal. A árvore possui qualidades ornamentais que a recomendam para o paisagismo em geral. Os frutos são muito procurados por várias espécies de pássaros, tornando-a interessante para a composição de reflorestamentos heterogêneos destinados a recomposição da vegetação de áreas degradadas.


Informações Ecológicas: Planta perenifólia( folhas são persistente mantém o ano todo) é heliófita( precisa da luz solar, seletiva higrófita( gosta de umidade.) Apresenta grande variação de tamanho em função do lugar de ocorrência, porém aumentando de porte de norte para sul do país. Na região norte não passa de um arbusto chegando a uma árvore de 7-9 m no sul do país. ocorre em matas ciliares e lugares úmidos bem como em terrenos altos e secos.


Floresce duas vezes por ano, porém com maior intensidade em julho-agosto. Os frutos amadurecem em outubro-novembro.





Obtenção de Sementes:  Os frutos são colhidos diretamente da árvores quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixa-los ao sol para facilitar a abertura e retirada manual das sementes. Um kg de sementes equivale aproximadamente 218.000 unidades, as quais mantém a viabilidade germinativa por poucos meses.





Produção de Mudas:  As sementes são colocadas para germinar logo que são colhidas em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. Cobri-las com uma leve camada de substrato peneirado e irrigá-las diariamente. A emergência ocorrerá em poucas semanas e a taxa de germinação  geralmente é baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando bem pequenas  de 
(2-3 cm). O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é lento.



Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas e Nativas do Brasil.

Autor:  Harri  Lorenzi.



















Hibisco ou Mimo-de-vênus





Hibisco  ou  Mimo-de-Vênus


É um arbusto fibroso e lenhoso, originário da Ásia Tropical, de 3-5 m de altura. Existe um grande número de variedades e formas cultivadas no país. A flor  de  Hibisco na Natureza é grande e exuberante possuindo variações de cores que vão do branco ao rosa, vermelho, laranja, roxo, ou amarelo.



As folhas podem ser variegadas ou não ( variegação é presença de zonas de coloração diferente nas folhas e por vezes nos caules de plantas).

A variegação pode ser de diversas causas: Alguns tipos são atrativos e ornamentais, sendo preservados em jardinagens.





A falta de clorofila em alguns tecidos provoca a variegação, com zonas esbranquiçadas ou amareladas nas folhas, em contrastes com o normal tecido verde.

Em alguns casos a variegação é instável e a planta pode retornar a uma forma totalmente verde noutros casos, é estável, não mudando em condições normais.

Como a variegação é devida a presença de 2 tecidos vegetais, a propagação da planta deve ser feita usando um método vegetativo que preserve ambos os tipos de tecidos.

Como a área verde da planta é reduzida pela variegação, a planta tem uma menor capacidade de realizar fotossíntese, acabando por ser mais fraca que a versão totalmente verde. Previsivelmente estas plantas morrem na natureza.


Hibisco  Variegado




As flores de Hibisco podem ser pequenas com pétalas crespas ou não e também são solitárias e são formadas  no decorrer de quase o ano todo.

É cultivado como planta isolada ou simplesmente em conjunto. É também conhecido como um dos símbolos do Hawai, tornou-se um dos maiores ícones do verão tropical.

Apesar de ser associado ao ser feminino, o Hibisco também é apreciado pelo gênero masculino por ser usado pelos surfistas do mundo todo em estampas de camisetas, bermudas, tênis, sandálias, mochilas; sendo principalmente motivo de ornamentação das pranchas de surf e tatuagens.

O Hibisco é um gênero de planta com cerca de 300 espécies inseridas na família das Malvaceae, cuja flores e folhagens são exuberantes.




A planta floresce o ano todo, suporta bem os terrenos arenosos, dando ótimo resultado em regiões praianas.
A espécie é ainda muito utilizada como cerca viva devido ao seu crescimento vistoso e rápido.



Fonte de Pesquisa: Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi  e   Hermes  Moreira de Souza.

Terceira  Edição.












Coroa-de-espinho ou Coroa-de-Cristo



Coroa-de-Espinho  ou  Coroa-de-Cristo


É um arbusto  semi-herbácea espinhoso muito difundido no Brasil, onde é utilizado como planta ornamental e como proteção em cercas vivas. É também conhecido como colchão-de-noiva originário de Madagascar, é uma planta perene que pode chegar até 2 m de altura, suas folhas são alternadas, glabras ( desprovidas de pelos) membranosas, simples, espatuladas ( forma de espatula bem fina) com pecíolos longos ou curtos.





Possuem inflorescências ramificadas, com flores dispostas duas a duas, com brácteas vermelhas ou amareladas, formadas durante o ano todo, existe também uma forma de bráctea branca.
As flores são unisexuais, reunida em inflorescências do tipo ciátio ( consiste numa inflorescência formada por um invólucro de brácteas geralmente com um ou mais nectário evidente) que envolve um conjunto de pequenas flores.





É cultivada a pleno sol, em bordaduras e é excelente para promover barreira física, podendo ser efetuada podas quando necessário. Adaptam-se facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água. Seu manuseio deverá ser sempre realizado com luvas grossas e com bastante cuidado devido à presença de numerosos espinhos.






Fonte de Pesquisa:  Plantas Ornamentais no Brasil Arbustivas, herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi  e  Hermes Moreira  de  Souza.

Terceira  Edição.







Poinsétia ou Bico-de-Papagaio



Poinsétia ou Bico-de-Papagaio



É um arbusto semi-lenhoso, leitoso, originário do México, de 2-3 m de altura. Folhas membranacéas, algumas vezes variegadas, decíduas em invernos mais acentuados.
No inverno formam-se brácteas ( são estruturas associadas as inflorescências da angiospermas, são folhas modificadas que apresentam coloração viva e variada que funcionam atrativos para os polinizadores. Elas ocorrem nas plantas que possuem flores muito pequenas.
As brácteas são estruturas derivadas das folhas e ocorrem no momento da floração  e formação dos frutos ou sementes).





As plantas prestam-se para formação de renques ( conjunto de indivíduos ou coisas dispostas de forma alinhada ou barreira viva). ou conjunto de plantas isoladas, podendo ser podadas para formar ramagem mais compacta. Está sendo amplamente utilizada em vaso como planta típica de Natal. É uma planta tropical , e não tolera geadas.




Multiplicam-se facilmente por processo de estaquia, preparadas no final do inverno.





Era utilizada para a produção de tintas usada na cosmética e tingimento de tecidos além de usarem a sua seiva na produção de medicamentos contra a febre. Ainda hoje utilizam-se ai as poinsétias de brácteas esbranquiçadas para a produção de cremes depilatórios.

Perigo: A seiva leitosa da planta, é constituída por um tipo de látex irritante, em contato com a pele e mucosas provoca inflamações e dor, pode causar irritação nos olhos, lacrimejamento, inchaço e dificuldades na visão.


Fonte de Pesquisa:  Plantas Ornamentais no Brasil Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor;  Harri Lorenzi  e   Hermes Moreira de Souza   Terceira Edição.
















Cheflera, árvore-guarda-chuva



Cheflera  ou árvore-guarda-chuva


É uma planta nativa de florestas tropicais úmidas da Indonésia, e Oceania, apresenta tronco ereto, único e pouco ramificado, e raízes agressivas e superficiais, que afloram a superfície do solo nas árvores mais velhas. É também um arbusto semi-lenhoso, com aspecto de entouceirado com altura de 5-7 m de folhagem ornamental. Suas folhas são grandes compostas, digitadas, glabras, com 9 folíolos elípticos a ovalados, brilhantes, de cor verde escura e textura semelhante ao couro.





As inflorescências são terminais, vermelhas, vistosas, com flores pequenas de cor vermelha e surgem no final da primavera e início do verão despontando acima das folhagens com longas divisões recoberta por mais de mil flores pequenas. Os frutos que seguem-se são globosos, pequenos e de cor vermelha, contendo de 10 a 12 sementes com formato de rim.
Tanto as flores como os frutos são muito atrativos para aves silvestres, que banqueteiam-se com o néctar abundante e polpa suculenta. A dispersão é feita pelos pássaros e as sementes são capazes de germinar nos galhos de outras árvores tornando-se epífitas.





As plantas jovens são cultivadas em vasos para interiores ou terraços. É também utilizadas na composição de jardins, isolada ou formando conjuntos. 
Pode ser cultivada sob o sol pleno ou a meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação ou caso esteja em vaso.
É uma planta muito rústica que dificilmente adoece. É tolerante ao frio e a curtos períodos de estiagem. Não tolera geadas fortes, por isso deve-se evitar planta-las em jardins de clima temperado.


Fonte de Pesquisa; Plantas ornamentais no Brasil Arbustivas, herbáceas e trepadeiras.

Autor; Harri  Lorenzi  e  Hermes Moreira de Souza.   Terceira  edição.