Lombrigueira ou Gameleira



Lombrigueira ou Gameleira


Características Morfológicas: Altura de 9-22 m, lactescente, dotada de copa frondosa de ate 30 m de diâmetro, revestido por casca áspera, de cor par, de cor pardacenta. Folhas alternas espiraladas, com pecíolo de 1,0-4,2 cm e estípulas glabras e caducas ( são plantas que tem as folhas que caem) de 2,5-3,5 cm de comprimento; lâmina elíptica ou oblonga, de ápice agudo e acuminado e base aguda, coriácea , glabra ambas as faces, com a face inferior de cor verde-amarelado bem mais clara que a superior, com três pares de nervuras basais ( relativo a base) mais 12-19 pares laterais, de 4-18 cm de comprimento por 1,7 cm de largura. Inflorescências axilares do tipo sicônio ( É a designação dada aos pseudofrutos constituídos por uma inflorescência ou uma infrutescências composta de receptáculo carnudo e flores ou frutos inclusos), solitárias, com pedúnculo de 2-3 mm. Figo subgloboso, glabro ou pubescente, ostíolo ( abertura apical) levemente proeminente.




Ocorrência: Em todo o país, exceto no Nordeste e em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas matas pluviais e de galeria.

Madeira: Leve( densidade 0,59g/cm3), macia ao corte, textura grossa, muito suscetível ao ataque de cupins e ao apodrecimento.

Utilidades: A madeira é indicada para a confecção de gamelas, brinquedos, miolo de portas e painéis. Seus frutos( figos) são muitos consumidos por várias espécies de aves. A árvore, de rápido crescimento e fornecedora de boa sombra, é indicada para reflorestamento e paisagismo rural.




Informações Ecológicas: Planta pioneira, semidecídua( são plantas que perdem suas folhas numa determinada época do ano), é heliófita ( planta que precisa de luz do sol) e seletiva higrófita (gosta de umidade), características e preferencial das matas pluviais e de galeria do interior do país; apresenta ampla dispersão, não obstante de frequência descontínua e irregular, ocorrendo preferencialmente ao longo de cursos d`água e em várzeas bem suprida de água.

 Floresce em dezembro-janeiro. Os frutos amadurecem predominantemente em março-abril.

Obtenção de Sementes: Os frutos deverão ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea deixando-os amontoados em sacos plásticos até sua decomposição parcial para facilitar sua maceração em água e preparo de uma suspensão de sementes e polpa para semeadura. Um kg de sementes limpas e secas contém cerca de 3,5 milhões de unidades.





Produção de Mudas: A suspensão aquosa de sementes e polpa deve ser regada sobre canteiro semissombreado  e preparado com substrato organo-arenoso bem fino e uniforme, deixando-a sem cobrir e irrigando-se duas vezes ao dia. A emergência de demora de 30-40 dias, com taxa de germinação baixa. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, atingindo mais de 2 m de altura aos 2 anos de idade.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor:  Harri Lorenzi   Volume  03    Primeira  Edição



















lótus-da-Índia flor-de-Lótus ou Lótus-Sagrado



Lótus-da-Índia, Flor-de-Lótus ou Lótus-Sagrado

É uma planta da família das ninfáceas( mesma família da vitória-régia).
É olhada com respeito e veneração pelos  povos orientais, ela é frequente associada ao Buda por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas.
No Japão por exemplo, essa flor é tão admirada que quando chega a primavera, o povo costuma ir até aos lagos pra ver o botão transformando em flor.





Ninféias: Diferenciam-se da Vitória-régia pela ausência de borda nas folhas e alcançam maior
altura em relação a superfície da água. Também são confundidas com a flor de Lótus
que pertence a outro gênero.






As flores são grandes, vistosas, cor-de-rosa ou brancas, perfumadas, formadas durante o verão.
Fruto grande, perfurado, com sementes comestíveis.
Também é isolada, brancas com margens rosadas, pode chegar até 25 cm de diâmetro.
Exala perfume suave, ótima para arranjos florais, abre na primavera e início do verão.
Permanece aberta durante dois dias, perdendo suas pétalas na noite seguinte, deixando o fruto a mostra.




Folhas: São Caducas ( É o nome dado as plantas que perdem suas folhas em uma determinada época do ano, geralmente nos meses mais frios e sem chuva). É de formato orbicular, chega a atingir 35 cm.


Cuidados: Deve ser plantada preferencialmente, em laguinhos e espelhos d`água.
*Requer sol pleno na maior parte do dia.
*É muito sensível a geadas.
*É muito rústica, quase não dá trabalho, dispensa regas.




Também propagam-se na primavera por sementes por divisão de rizomas.
*Exige adubação pelo menos uma vez por ano com torta de mamona esterco bem curtido ou húmus de minhoca.

Planta Ornamentais no Brasil, Arbustivas, herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Harri Lorenzi e Hermes Moreira de Souza


















Helicônia-Amarela ou Caetê-Amarelo



Helicônia-Amarela ou Caetê-Amarelo

É um arbusto de textura herbácea( arbusto é todo vegetal que ramifica desde junto ao solo e tem pequeno porte em relação as árvores. São plantas que não necessitam de grandes espaços para  seu bom desenvolvimento). Herbáceas ( São plantas com caule não lenhoso de porte variado ou planta que não tem caule).É rizomatoso e entouceirado nativo da Mata Atlântica do Brasil, de 1,5-2,5 m de altura, de florescimento decorativo. Folhas grandes, coriáceas( que quebra facilmente), com pecíolo longos.




Inflorescências eretas, com brácteas em forma de barco, ( brácteas são estruturas foliáceas associadas as inflorescências ou folhas mais ou menos modificadas), as da base mais longas, amarelas distribuídas de maneira mais ou menos espiralada, formadas durante o período do verão.

A propagação das Helicônias podem ser sementes ou por via vegetativa. Em geral a propagação comercial dá-se por via vegetativa, pela divisão do rizoma. Esse método conduz a disseminação e acúmulo de agentes causais de doenças que são transmitidas e intensificadas entre plantios sucessivos, vias rizomas contaminados. Dentre essas doenças estão causadas por fungos de solo.




A propagação sexuada de helicônia e limitada. O fruto apresenta endocarpo duro que dificulta a disseminação  das sementes.
Essa limitação pode ser contornada pela utilização da técnica de resgate de embriões que propicia a propagação rápida das plantas, a recuperação de plantas livres de doenças.

Multiplica-se também facilmente por sementes e por divisão de touceira.





Pode ser cultivado a pleno solo ou a meia-sombra , como planta isolada ou em grupos, em terra fértil e irrigada periodicamente. desenvolvem-se e floresce melhor em climas úmidos. Não tolera geadas, sendo indicado para regiões quentes e úmidas.

Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Herri  Lorenzi e  Hermes Moreira de Souza.  Terceira  edição.






















Unha-de-Gato ou Herinha



Unha-de-Gato  Ou  Herinha


É uma trepadeira lenhosa, de folhagem ornamental, originária da China, Japão e Austrália. Na juventude possui ramos herbáceos ( são plantas que não tem caules).ascendentes e aderentes a suportes por meio de raízes adventícias, com folhas pequenas. na fase adulta os ramos tornam-se frutíferos, lenhosos, desgarrados e com folhas grandes.





O florescimento é insignificante.

Na juventude é ideal para recobrir muros, paredes e colunas, tornando-se inconveniente e grande invasora com a idade. As podas frequentes mantém-a sempre jovem. Ocorrem as variedades hortícolas. Miníma de folhas reduzidas e Variegata e de folhas verdes e amarela. Tolera baixas temperaturas. Variegata( São plantas que apresentam cores, formas variadas, colorido diferente, misturada,e irregularmente manchadas).




Multiplicam-se facilmente por estacas, preparadas em qualquer época.



Planta Variegata





Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, herbáceas, e trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi e Hermes Moreira de Souza.  Terceira edição.














Guaimbê-da-Folha-Ondulada



Guaimbê-da-Folha-Ondulada

arbusto é todo vegetal que ramifica desde junto ao solo e tem porte pequeno em relação as árvores. São plantas que não necessitam de grandes espaços para seu bom desenvolvimento). É uma planta perene ou seja suas folhas são persistentes mantém durante o ano inteiro.





É de textura semi-herbácea, variável, de caule vigoroso, com raízes aéreas e crescimento ascendente indefinido ou prostrado, de 2-3 m de altura, nativo de áreas pantanosas do Brasil e Paraguai. Folhas grandes e coriáceas, ovalado-sagitadas( Folhas sagitadas são folhas com a forma de seta de ponta aguda e base fendida como uma ponta de lança). De margens onduladas ou com recortes largos ou estreitos arredondados.




Inflorescência típica com espata verde, na base das folhas, espádice cilíndrico com flores sem interesse ornamental. Espádice( É um tipo especial de espiga com eixo principal espesso protegido na base por uma bráctea vistosa e bem desenvolvida denominada espata).

É cultivado a pleno sol ou a meia-sombra, impressiona pelo porte e pelo tamanho das folhas.
Pode ser plantada isoladamente ou em grupos, requer espaço amplo para seu livre desenvolvimento. Tolera frio e geadas fracas, bem como ambientes aquáticos.




Multiplica-se facilmente por sementes e eventualmente por separação de brotações laterais, ocasionais, do caule.


Plantas Ornamentais do Brasil, Arbustivas, herbáceas e trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi  e  Hermes Moreira de Souza    Terceira  Edição.















Lírio-Aranha



Lírio-Aranha


É uma planta herbácea( São plantas com caule não lenhoso, ou semilenhoso de porte variado ou planta que não tem caule). Originada das Antilhas, com 60-80 cm de altura, de folhagem e flores ornamentais. Folhas rosuladas, laminares, estreitas, longas e espessas.





Inflorescências eretas em umbelas( É um termo utilizado para um conjunto de flores que partem os pedicelos iguais do eixo central, com formato de um guarda-chuva) sustentadas por escapo sólido, com flores brancas, perfumadas, constituídas de segmentos lineares e uma coroa dentada e de tubo fino e longo.





É cultivada em vasos, isoladamente ou formando conjuntos, a meia-sombra ou a pleno sol.
Tanto o solo dos vasos como dos canteiros deve ser bem drenável, fértil e mantida umedecida. 
Não tem tolerância para climas de inverno marcante, sendo mais indicada para as regiões tropicais.




Multiplica-se facilmente por separação dos bulbos que formam-se ao lado da planta mãe, principalmente efetua-se após o florescimento.


Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, herbáceas e trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi e  Hermes Moreira de Souza    Terceira  Edição.













Pupunha-da-Mata ou Pupunha-Brava


Pupunha-da-Mata  ou  Pupunha-Brava


Características Gerais: É uma palmeira de grande porte, geralmente com até 17 m de altura. Estirpe com 7,6-14,6 m de comprimento e 8,1-15,2 cm de diâmetro, entrenós densamente armados com espinhos negros de até 6 cm de comprimento. Folhas pinadas, 7-16 contemporâneas, arqueadas, com os espinhos do pecíolo arranjado em três fileiras; bainha com 0,63-1,08 m de comprimento; pecíolo com  0,5-1,0 m de comprimento; raque com 2,5-3,5 m de comprimento, originando 136-157 pinas lineares em cada lado, distribuídas irregularmente em grupos e dispostas em vários planos, as medianas com 83,1 cm de comprimento  e 3,4 cm de largura. Inflorescência infrafoliar, surgindo entre bainhas persistentes, ramificada; profilo ( É a primeira folha ou par de folhas de um broto lateral) com 11-19 cm de comprimento; pedúnculo( É a região que antecede a flor ou o fruto ou a região que sustenta a flor ou o fruto) com 21-54 cm de comprimento; bráctea peduncular com 42-80 cm de comprimento, brácteas ( São estruturas foliáceas associadas as inflorescências ou folhas mais ou menos modificada).




São densas ou escassamente armadas de espinhos negros ou marrom-claros; raque com 11-31 cm de comprimento, originando 39-75 raquilas, com até 27 cm de comprimento e 10-15 frutos por raquila.
Raque ( É a designação dada ao eixo central de estruturas biológicas ramificadas de folhas pinadas, e biológicas semelhantes). Frutos maduros avermelhados ou alaranjados, subglobosos, com 1,3-1,5 por 0,9-1,3 cm; mesocarpo amiláceo( Que contém fontes de amidos)




Habitat: Florestas primárias e secundárias ou áreas abertas, em terra firme. Ampla distribuição na zona de transição Amazônica-Cerrado, no Brasil e Amazônica-Andes. Acre, Rondônia, Amazônia, Mato Grosso e Pará, Bolívia Peru, Equador e Colômbia. 

Utilidades: Os frutos são comestíveis. O estirpe é usado em construções rurais e na confecção de flechas por indígenas.





Produção de Mudas: Frutifica no final das chuvas. Um kg de endocarpos contém cerca de 3.000 unidades. A germinação demora 30 dias. 


Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda.

Flora Brasileira   Aracaceae ( Palmeiras).

Autor:  Harri  Lorenzi





















Cariota-de-Espinho ou Palmeira Rabo-de-Peixe-de-Espinho



Cariota-de-Espinho ou Palmeira-Rabo-de-Peixe-de-Espinho


Características Gerais: Caule simples, de até 10 m de altura e 6-10 cm de diâmetro, com muitos espinhos negro em toda a sua extensão. Folhas pinadas, 10-15 contemporâneas; pinas em número de 13-40 por lado, distribuídas irregularmente na raque formando aglomerados de 2-7 e inseridas em planos diferentes, conferindo à folhagem aspecto plumoso. Inflorescências interfoliares multirramificadas; profilo de difícil visualização e bráctea peduncular( são estruturas foliáceas associada as inflorescências, ou folhas mais ou menos modificadas podendo apresentar coloração viva e variada). Profilo( É a primeira folha ou par de folhas de um broto lateral). As brácteas são cobertas de espinhos. Frutos globosos de 1,5-2,0 cm de diâmetro, epicarpo vermelho( É a camada mais externa do fruto) Mesocarpo ( É a camada intermediária do fruto) sendo alaranjado muito oleoso e comestível.





Habitat:   Ocorre no Brasil apenas na parte ocidental do estado do Acre, nas matas secas, em solos bem drenados.


Utilidades: Muito ornamental. Produz cachos com frutos muito vistosos. Na Colômbia, encontram-se seus frutos nos mercados, devido à riqueza da polpa em caroteno. Esta é a única espécie do gênero largamente cultivada no Brasil, principalmente pela exuberante cor vermelha de seus frutos. 




Serve muito bem para parques de grandes dimensões e canteiros centrais de avenidas. Devido aos espinhos do caule é bem protegida dos predadores. 

Cultivam-se também em jardins residenciais. E quando a planta torna-se adulta tolera estiagem.





Produção de Mudas: Um kg de frutos contém 900 unidades: uma vez que despolpadas as sementes germinam com facilidade de 2-3 meses. Quando jovem seu desenvolvimento é melhor à sombra, tolerando meia sombra e pleno sol quando adulta.


Instituto Plantarum  de Estudos da Flora Ltda.

e-mail: plantarum@plantarum.com.br.   home page:  www.plantarum.com.br

Flora Brasileira      Autor:  Harri   Lorenzi  Arecaceae ( Palmeiras)


















Sumaúma-da-Várzea ou Árvore-da-Seda



Sumaúma-da-Várzea ou Árvore-da-Seda


Planta aculeada( apresenta tronco volumoso) de 30-40 m de altura, com tronco dotado de sapopemas basais( grande raiz tubular) de 80-160 cm de diâmetro. Folhas compostas 5-7 digitadas sustentadas por pecíolo de 28 cm; folíolos glabros( desprovidos de pelos)na página superior e pálidos na inferior. Inflorescências em panículas terminais( caracterizado por um cacho em que os ramos vão decrescendo até a base para o ápice), com flores esbranquiçadas.





Ocorrência: Toda a bacia amazônica nas florestas inundadas ou pantanosas da várzea dos rios.


Madeira: Leve macia, de baixa durabilidade natural.


Utilidades: A madeira é empregada na construção de embarcações, para miolo de compensados e produção de celulose. A pluma que envolve as sementes é denominada¨ kapok¨ e muito utilizada industrialmente para confecção de bóias e salva-vidas, para enchimento de colchões e travesseiro e, como isolante térmico. Das sementes extrai um óleo comestível e também utilizado para iluminação e fabrico de sabão.





Informações Ecológicas: Planta decídua( perdem suas folhas numa determinada época do ano) mas só perdem suas folhas durante seu florescimento.É heliófita( precisa da luz solar) seletiva higrófita( gosta de umidade), característica de terrenos muito úmidos e pantanosos da mata primária da várzea. Ocorre também em formações  secundárias, comportando-se como planta pioneira.


Floresce durante os meses de agosto-setembro com a árvores quase totalmente despida se suas folhas. Os frutos amadurecem em outubro-novembro.


Obtenção de Sementes: colhem-se os frutos da árvore. Podem-se recolher do chão as plumas contendo sementes nas proximidades da árvore após sua queda. As sementes envolta pelas plumas deverão ser separada manualmente. Um kg de sementes contém aproximadamente 7.500 unidades, as quais apresentam uma viabilidade superior a 6 meses em armazenamento.








Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinar logo que são colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou embalagens individuais contendo substrato organo-argiloso. Cobri-las com uma leve camada de substrato peneirado e irrigar diariamente, mantendo-as em ambiente semi-sombreado. A emergência ocorrerá de 5-10 dias e, a taxa de germinação é  elevada para sementes novas. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando alcançarem 4-6 cm , as quais ficam prontas para plantio no local definitivo de 3-4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido, atingindo facilmente de 5-6 m aos 2 anos.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor:  Harri  Lorenzi                Volume  01

















Caixeta, Tamanqueira ou Tabebuia-do-brejo



Caixeta Tamanqueira  ou  Tabebuia-do-brejo


Características Morfológicas: Altura de 6-12 m com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas coríaceas,( que quebra facilmente), glabras( desprovidas de pelos), de 12-22 cm de comprimento.


Ocorrência: Pernambuco ao norte de Santa Catarina, nos terrenos alagadiços da faixa litorânea. 


Madeira: Muito leve ( densidade de 0,39 g/cm3), mole de textura média, baixa durabilidade sob condições naturais, com alburno e cerne indistintos. 


Utilidades: A madeira é indicada para confecção de brinquedos, caixas finas, salto de calçados, tamancos, palito de fósforo, moldura de quadros, lápis, violões, bóias, gamelas, pranchetas. A árvore apresenta características ornamentais que a recomendam para o paisagismo em geral, uma vez que também cresce em terrenos secos. Como planta pioneira e adaptadas a terrenos pantanosos, é ideal para plantios em áreas ciliares muito úmidas.




Informações Ecológicas: Planta semidecídua,( perdem suas folhas numa determinada época do ano), é heliófita( precisa da luz solar) é higrófita( gosta de umidade), características de terrenos permanentemente úmidos ou alagadiços da faixa litorânea. Sua frequência é descontínua ao longo de sua área de dispersão, ima vez que só ocorre nos locais brejosos da planície litorânea. Em determinados locais chega a formar populações homogêneas, podendo ocorrer até no mangue. Na floresta primária é encontrada no dossel inferior.


Floresce durante os meses de julho-janeiro. Os frutos iniciam a maturação em outubro, prolongando-se até março.





Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos da árvore quando iniciam-se a abertura espontânea. Em seguida deixá-lo ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um kg contém aproximadamente 37.000 unidades. Sua viabilidade é de 40 dias.





Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinar logo que são colhidas em canteiros semi-sombreados contendo substrato rico em matéria orgânica. Cobrir apenas levemente as sementes com substrato peneirado e irrigar delicadamente 2 vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 7-12 dias e a germinação das sementes frescas geralmente é superior a 70%. O desenvolvimento das mudas é rápido, o mesmo não ocorrendo com as plantas no local definitivo que é apenas moderado.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil

Autor:     Harri  Lorenzi






























Canudo-de-Pito ou Escalônia



Canudo-de-Pito  ou Escalônia


Características Morfológicas: Altura de 3-5 m de copa e aberta, de ramos novos pubescentes( coberto de pelos) e glabros( ausência de pelo), com tronco tortuoso e canelado, de 15-20 cm de diâmetro, revestido por casca fina e pardacenta, descamados através de tiras estreitas e longas à semelhança de fibras. Folhas de pecíolo pubérulo, de 4-8 mm; lâmina variável na mesma planta, elíptica de ápice subagudo a obtuso, e base cuneada, cartácea, glabra, na face inferior esparsamente resinoso-pontuadas, nitídula em ambas as faces, de 5-7 por 0,8-1,5 cm. inflorescências em panículas( tipo de inflorescência que caracteriza por um tipo de cacho em que os ramos vão decrescendo da base para o ápice) multiflorais, tirsoides( tipos de enlace permanente ou inflorescência). e densas de 3-5 cm de comprimento, com flores de pétalas brancas. Fruto de cápsula globosa, contendo sementes muito pequenas.





Ocorrência: Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, no Planalto Meridional em várias formações vegetais.


Madeira: Moderadamente pesada ( densidade de 0,64 g/cm3), textura média, suscetível ao ataque de xilófagos( insetos que alimentam de madeira).


Utilidades:A madeira pelas pequenas dimensões disponíveis, é indicada apenas para lenha. A árvore é de pequeno porte e com características ornamentais, é recomendada para cultivo no paisagismo, principalmente para arborização urbana.        





Informações Ecológicas: Planta caducifólia ( perdem suas folhas em uma determinada época do ano ou caducas), pioneira, é heliófita ( precisa da luz do sol) é higrófita ( gosta de umidade), é característica e exclusiva do Planalto Meridional, onde apresenta vasta e expressiva dispersão. Cresce principalmente na vegetação baixa e rala ao longo de rios e córregos; também abundante nos sub-bosques dos pinhais e capões situados em planícies aluviais. Produz anualmente muita semente, facilmente disseminada pelo vento.


Floresce durante um longo período ( dezembro a abril). Os frutos amadurecem mais ou menos simultaneamente.


Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, cortando-se as infrutescências e deixando-as ao sol  sobre uma lona para completar a abertura dos frutos e liberação das  minúsculas sementes. Um kg de sementes contém cerca de 2 milhões de unidades.





Produção de Mudas: As sementes deverão ser postas para germinação logo que são colhidas em canteiros semissombreados preparados com substrato organo-arenoso bem fino ( peneirado), não havendo necessidade de cobri-las, apenas irrigar copiosamente no início para enterrá-las um pouco. A emergência ocorrerá de 40-60 dias com a taxa de germinação geralmente baixa. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil

Autor:  Harri   Lorenzi          Primeira  Edição


































Pau-Mulateiro, Mulateiro-da-Várzea ou Escorrega-Macaco



Pau-Mulateiro, Mulateiro-da-Várzea  ou Escorrega-Macaco


Características Morfológicas: Altura de 20-30 m, com tronco retilíneo ramificado somente na ponta, de 30-40 cm de diâmetro. Folhas simples glabras, ( desprovidas de pêlos) de 9-17 cm de comprimento por 6-7 cm de largura.


Ocorrência: Na região Amazônica, na mata de várzea periodicamente inundada à margens dos rios.





Madeira: Moderadamente pesada( densidade 0,78 g/cm3), dura compacta, fácil de trabalhar, bastante resistente à deterioração.


Utilidade: A madeira é empregada para marcenaria, confecção de esquadrias, cabos de ferramentas, artigos torneados, compensados. A árvore é extremamente ornamental, principalmente por seu tronco se liso muito decorativo. Pode ser empregada com sucesso no paisagismo, para formações de alamedas. É indicada também para plantios mistos  em áreas ciliares degradadas.





Informações Ecológicas: Planta perenifólia( possuem folhas persistentes mantém durante o ano inteiro), é heliófita( precisa da luz do sol). ou esciófita( espécie de planta adaptada a desenvolver-se na sombra) é higrófita( gosta de umidade), características da mata de várzea permanentemente inundada da floresta pluvial amazônica. Pode ser encontrada tanto no interior da mata primária densa como em formações secundárias. Ocorre geralmente em em agrupamentos quase homogêneos, denominados de capironais. Produz anualmente grande quantidade de sementes.


Floresce durante os meses de junho-julho. A maturação dos frutos ocorre nos meses de outubro novembro.





Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida deverão ser levados ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Como as sementes são muito pequenas, colocar os ramos frutíferos ao sol sobre lona plástica e coberto por peneira fina para evitar que sejam levados pelo vento. Um kg de sementes equivale cerca de 6.666.000 unidades.





Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinação logo que são colhidas, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso; preparar um leito de semeadura bem uniforme com substrato peneirado, cobrindo-se muito levemente com o mesmo material. Para evitar o deslocamento das minúsculas sementes durante a irrigação, cobrir o canteiro saco de estopa, retirando-o logo que iniciar a emergência (20-40 dias). A taxa de germinação é baixa, porém amplamente compensada pelo grande número de sementes por unidade de massa.
Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 4-6 cm, as quais ficarão pronta para o plantio no local definitivo em 7-8 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado moderado.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil

Autor:     Harri Lorenzi              Volume  01


























Açoita-cavalo ou Mutamba-preta



Açoita-Cavalo ou Mutamba-Preta


Características Morfológicas: Altura de 6-14 m, com tronco de 50 cm de diâmetro. Folhas simples, denso pubescente em ambas as faces e de coloração mais clara na face inferior, de 10-15 cm de comprimento.


Ocorrência: Amazônia até São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, no cerrado e na floresta semidecídua( aquela que pedem suas folhas numa determinada época do ano)


Madeira: É moderadamente pesada, textura média, de baixa resistência ao ataque de xilófagos( são insetos que alimentam-se de madeira).




Utilidades: A madeira pode ser empregada para estruturas de móveis, para confecção de cadeiras, canga de boi, tamancos, saltos de saltos de calçados, caixotaria, contraplacados, para construção civil, como ripas, caibros. A árvore possui copa piramidal densa e pode ser incluída na arborização urbana. Planta pioneira adaptada a terrenos secos e pobres, é indicada para reflorestamento heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação.






Informações Ecológicas: É uma planta semidecídua, heliófita( precisa da luz do sol) seletiva xerófita( são plantas adaptadas a viver em climas secos e semi-áridos ou desérticos) características das florestas semidecíduas e do cerrado. Apresenta ampla dispersão, porém, geralmente bastante descontínua ao longo de sua área de distribuição. Ocorre principalmente em formações aberta e secundárias, porém sempre em terrenos altos e de rápida drenagem. Produz anualmente grande quantidade de sementes.


Floresce durante os meses de  maio-julho. A maturação dos frutos verificam-se em agosto-outubro.





Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea e liberação das sementes. Em seguida levá-lo ao sol para completar a abertura e liberação das sementes; cobri-los com uma tela durante a secagem para evitar que as sementes sejam levadas pelo vento. um kg equivale cerca de 164.000 unidades, cuja viabilidade germinativa dura pelo menos 4 meses.






Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinar logo que são colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso; cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 20-40 dias e, a taxa de germinação geralmente é moderada. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem de 3-5 cm, as quais ficarão prontas para o plantio no local definitivo em 5-6 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor  Harri  Lorenzi              Volume  01