Embiruçu


Embiruçu  ou  Ibiraçu

Características  Morfológicas: Altura de 5-15 m, de copa rala, com indumento lepidoto( o que encobre, revestimento, conjunto de pêlos, escamas) castanho-escuras, de tronco curto de 30-40 cm de diâmetro, com casca grossa e suberosa (local de onde parte as raízes secundárias), fissurada( mesmo que rachado) e acinzentada. Folhas compostas palmadas( também chamada de folhas digitadas apresentam os folíolos partindo de uma base comum), de 7-9 folíolos, com pecíolo comum glabro de 11-39 cm de e peciólulo de 2,0-8,0 cm; lâmina elíptica a largamente obovada( folha em forma de ovo).


Ocorrência: Bahia e nas regiões Sudeste, Centro-oeste e Parana, na vegetação do cerrado.



Madeira: Leve de textura grosseira, de baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos (insetos que alimentam-se de madeira)




Utilidade: A madeira, de propriedades mecânicas baixas, é indicada apenas para confecção de embalagens e brinquedos. A árvore é de características ornamentais, é recomendada para reflorestamentos mistos destinados à preservação e para o paisagismo em geral.


Informações Ecológicas: Planta caducifólia ( são folhas que caem), pioneira, heliófita( precisa da luz do sol e seletiva xerófita( plantas adaptadas a viver em regiões semiáridas) é característica e exclusiva da vegetação do cerrado de quase todo o país, onde apresenta ampla e mais ou menos contínua dispersão. Ocorre preferencialmente em solos arenosos e secos, tanto em formações primária como secundárias e áreas abertas( pastagens e beira de estradas).





Floresce de Junho a agosto, com a planta sem folhas. Os frutos amadurecem de setembro a outubro.





Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; em seguida deixá-lo ao sol protegido por tela fina para completar a abertura e facilitar a separação das sementes das plumas que as envolvem. Um kg de sementes contém cerca de 8.550 unidades.






Produção de Mudas: As sementes deverão ser postas para germinação logo que colhidas em canteiros a meia-sombra preparados com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma fina camada de substrato peneirado e irrigando-se uma vez ao dia. A emergência  ocorrerá de 10-20 dias, com taxa de germinação geralmente superior a 50%. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado moderado.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas arbóreas e Nativas do Brasil.

Autor:  Harri   Lorenzi.    Volume 03   Terceira  Edição






























Bacaba ou Bacabaçu



Bacaba  ou  Bacabaçu


Características Morfológicas: Altura de 1020 m, com estirpe(tronco) solitário, 20-30 cm de diâmetro.
Folhas em números de 8-10 de 3-5 cm de comprimento. Cachos de 1,0-1,5 m.


Ocorrência: Amazonas, Pará, Goiás e Mato Grosso, na floresta fluvial.


Madeira: Moderadamente pesada, dura, muito durável no seco.


Utilidades: A madeira é empregada localmente em construções rústicas como esteios, ripas, vigas, lanças, bengalas, cabos de gurda-chuvas e de ferramentas. As folhas são utilizadas pelas populações indígenas para a confecção de abanos e bolsas. Seus frutos são muito utilizados pelas populações locais para o preparo de um vinho semelhante ao do açaí, porém bastante oleoso. As amêndoas fornecem um óleo comestível de boa qualidade. Os frutos também são consumidos por várias espécies de pássaros. Apresenta potencial para o uso paisagístico em geral.






Informações Ecológicas: Planta perenifólia, ( ou seja possuem folhas persistente ou perene mantém durante o ano inteiro), é esciófita, ( é uma espécie de planta adaptada a desenvolver-se na sombra) característica da floresta primária alta, tanto na terra firme como da várzea. Entretanto após a derrubada da floresta, persiste como planta heliófita( ou seja precisa da luz do sol). É mais frequente em áreas inundáveis, onde formam populações homogêneas de grande extenções denominada bacabal.


Floresce em mais de uma época do ano predominando durante junho-janeiro. Os frutos amadurecem principalmente nos meses de janeiro-abril.





Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciam a queda espontânea, ou recolhê-lo no chão após a queda. Os frutos assim obtido podem ser utilizados para a semeadura, não havendo necessidade de despolpá-los. Entretanto caso deseja-se armazená-los ou remetê-los para outros locais, é conveniente secá-los  parcialmente sem despolpá-los. Um kg de frutos assim obtidos contém cerca de 700 unidades.





Produção de Mudas: Os frutos são colocados para germinação logo que são colhidos, em canteiros  ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato arenoso bastante rico em material orgânico e, mantidos em ambiente sombreado; cobri-los apenas levemente com substrato e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre  de 40-60 dias e, a taxa de germinação é baixa. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando atingirem de 4-6 cm, as quais ficarão prontas para o plantio no local definitivo em 7-9 meses.


Árvores Brasileiras manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor:  Harri  Lorenzi.         Volume  01
































Ipê Felpudo ou Ipê Tabaco



Ipê Tabaco ou Ipê Felpudo


Características Morfológicas: Altura de 15-23 m com tronco revestido por casca espessa ( até 5 cm), de 40-60 cm de diâmetro. Folhas compostas, de 40-60 cm de comprimento, sustentada por pecíolo de 20-25 cm com folíolos em número de 5, denso-pubescentes( coberto por pelos finos), o maior com 20-25 cm de comprimento. Inflorescência paniculada terminal, densamente revestida de pubescência pulverulenta, com flores marrom-amareladas de cerca de 2 cm de comprimento. Os frutos são cápsulas compressa tomentosas e deiscentes( frutos que abrem-se liberando suas sementes ainda na planta). Sementes membranáceas aladas de 4-5 cm.





Ocorrência: Espirito Santo, Minas Gerais até o norte do Paraná, nas florestas fluviais atlântica e semidecídua da bacia do Paraná.


Madeira: leve, flexível, resistente e de alta durabilidade natural alburno espesso e claro( alburno é parte periférica do tronco das árvores geralmente de cor  mais clara do que a parte central ( cerne) constituídas por células vivas com função de condução de água.


Utilidade: A madeira apresenta qualidade regular, própria para obras internas, construção civil, cabos de ferramentas e de instrumentos agrícolas, moirões, papel e lenha. A árvore é muito ornamental, sendo por demais interessante para o paisagismo pela elegância da planta. Pela facilidade de multiplicação e rapidez de crescimento, não pode faltar nos reflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas.





Informações Ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, pioneira, encontrada principalmente em solos de média a alta fertilidade. Ocorre tanto em formações secundárias como no interior da mata primária densa. Apresenta frequência rara em toda área de dispersão.


Floresce durante os meses de novembro-janeiro. A maturação dos frutos ocorre no período julho-setembro.


Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; em seguida deixá-lo ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Para evitar que sejam levadas pelo vento devem ser cobertas com tela durante a secagem. Um kg de sementes contém aproximadamente 15.000 unidades.





Produção de Mudas: As sementes devem ser postas para germinação logo que são colhidas, devido a perda rápida da viabilidade germinativa; semeá-las em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso, cobrindo-as apenas levemente com terra peneirada. A germinação é rápida de 8-12 dias e abundante. Quando as mudas alcançarem 4-6 cm transplantá-las para embalagens individuais. Em mais 60-90 dias já podem ser levadas para o plantio no local definitivo.



Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil


Autor:  Harri  Lorenzi          Volume  01

































Jacarandá Copaia ou Caroba-do-mato



Jacarandá Copaia  ou  Caroba-do-mato


Características Morfológicas: Altura de 20-30 m de altura com tronco retilíneo, de 60-90 cm de diâmetro. Copa estreita e alta. Folhas compostas bipinadas, de 70-100 m de comprimento, com 9-10 jugas; pinas com 4-6 pares de jugas imparipenadas. Frutos cápsula deiscente( são frutos que abrem-se e libera suas sementes ainda na planta).


Ocorrência: Região Amazônica, na mata alta de terra firme.


Madeira: É leve, mole, compacta, fácil de trabalhar, de baixa durabilidade em ambientes externos.


Utilidades: A madeira é própria para armação de balsas, obras internas, carpintaria, forros, cepas de calçados, caixotaria, e para o fabrico de polpa celulósica. A árvore é ornamental, principalmente quando em flor, podendo ser usada no paisagismo em geral. É muito empregada na arborização urbana e rural na região norte do país.





Informações Ecológicas: É uma planta semidecídua( perde suas folhas numa determinada época do ano), é heliófita( precisa da luz solar), características da mata de várzeas secas. É encontrada em abundância no interior da floresta densa, entretanto devido sua exigência em luz cresce de maneira esguia acima do dossel. Sua presença é facilmente notada na floresta durante o período de floração. Apresenta características de planta pioneira, pelo crescimento extremamente rápido em ambientes abertos.




Floresce durante os meses de agosto-setembro junto com a renovação das folhas. Os frutos amadurecem em janeiro-fevereiro.


Obtenção de Sementes: Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando os primeiros iniciarem a sua abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completarem sua  a abertura e liberação das sementes, cobrir os frutos com tela durante a secagem para evitar sua perda pelo vento. Um kg contém aproximadamente 142.000 sementes, Sua viabilidade em armazenamento é inferior a 5 meses.





Produção de Mudas: As sementes são colocadas para germinação logo que são colhidas em canteiros semi-sombreados contendo substrato  organo-argiloso; cobrir levemente as sementes com substrato peneirado e irrigar delicadamente 2 vezes por dia. A emegência ocorrerá de 2-3 semanas e a germinação geralmente é alta. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando com 5-8 cm. O desenvolvimento das mudas é rápido, com as transplantadas individuais ficando prontas para o plantio em 5-6 meses. O desenvolvimento das planta no campo é bastante rápido, atingindo facilmentes 4-5 m aos 2 anos.


Árvores Brasileiras manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil

Autor  Harri  Lorenzi         Volume  01

























Uvarana ou Capim-de-anta



Uvarana ou Capim-de-Anta


Características Morfológicas: Altura de 3-7  m  dotada de uma copa dracenoide pouco ramificada, glabra e de tronco fusiforme( que é mais espesso ao centro e atenuando-se às extremidades) revestido por uma casca rugosa e irregularmente partida, de cor pardo acinzentada. Folhas concentrada no ápice dos ramos, simples, recurvadas, lineares a estreitos-lanceoladas, de ápice agudo a curto acuminado e base estreitada com amrgens levemente ondulada, de 50-64 cm de comprimento por 1,5-5,0 cm de largura. Inflorescência em panícula terminal solitária, ereta, de 0,7-1,0 m de comprimento, de bráctea lanceoladas de 1,0-2,5 cm, com flores andróginas arroxeadas( é mesmo que hermafrodita ou seja possui características simultâneas do sexo masculino e feminino). Frutos baga subglobosa, de polpa suculenta.




Ocorrência: Sul de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, em cerrado, mata ombrófila( que tem chuvas intensas e constantes) , mesófila( que requerem abundantes disponibilidades de águas no solo e atmosfera úmida.)  semidecídua( que perdem suas folhas em uma determinada época do ano) ciliar e de altitude. 

Madeira: Muito leve ( densidade de 0,27g/cm3) de textura muito grosseira, porosa, fibrosa, e de baixa resistência ao apodrecimento.

Utilidades: A madeira é de baixa qualidade mecânica e fácil apodrecimento, não tem uso conhecido. A árvore possui características ornamentais notáveis que torna-a interessante para uso paisagístico. Os frutos são bastante procurados pela avifauna, sendo a árvore indicada para cultivo em reflorestamento destinado à preservação.




Informações ecológicas: É planta pioneira, heliófita( precisa da luz do sol), e seletiva higrófita( precisa da umidade) características da mata de altitude, incluindo sub-bosques e de pinhais do sul e Sudeste do país, onde sua frequência chega a ser elevada em algumas regiões, com distribuição relativamente regular  nestas formações; sua ocorrência em formações é marginal e irregular.

Floresce de outubro a dezembro. Os frutos amadurecem predominantemente de fevereiro a abril.


Obtenção de Sementes; Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem aqueda espontânea, cortando-se toda a infrutescência e batendo-a sobre uma lona para derriçar os frutos: em seguida deixá-lo em sacos plásticos até iniciar o apodrecimento da polpa para facilitar a separação das sementes através de lavagem em água corrente dentro de uma peneira. Um kg contém cerca de 77.000 unidades.





Produção de Mudas: As sementes devem ser postas para germinação logo que são colhidas em canteiros a meia sombra preparados com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma fina camada de substrato peneirado e irrigando-se uma vez ao dia. A emergência ocorrerá de 40-60 dias e a germinação é baixa. O crescimento das plantas no campo é baixo.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor;  Harri  Lorenzi        Volume 03   Primeira Edição































Criúva ou Urze-de-Eucalipto



Criúva ou Urze-de-eucalipto


Características Morfológicas: Altura de 3-6 m, dotada de copa irregular e aberta, com raminhos delgados, cilíndrico, mais  ou menos foliosos, glabros ou pubescentes,( ou seja ode ser coberto de pelos ou não) de tronco curto e bastante tortuoso, de 20-30 cm de diâmetro, com casca muito grossa e suberosa, profunda e irregularmente sulcada, de cor acinzentada. Folhas simples e opostas ou verticiladas, com pecíolo um tanto flexível, canaliculado na parte superior, de 1-2 cm de comprimento: lâminas lanceoladas e oblongas com ápice acuminado, por 1,0-2,6 cm de largura. Inflorescências racemosas axilares e subterminais, pubérulas, de brácteas subuladas, com flores de cor variando do branco a amarelada até avermelhada. Fruto do tipo cápsula, globosos e glabros.





Ocorrência: Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, nos campos do Planalto Meridional.


Madeira: É moderadamente pesada ( densidade de 0,69 g/cm3), de textura grossa, de baixa durabilidade quando exposta.


Utilidades; A madeira pode ser usada apenas para a produção de lenha e carvão. A casca fornece cortiça e a árvore fornece atributos ornamentais que recomendam para uso paisagístico em geral.





Informações ecológicas; É uma planta heliófita ( precisa da luz do sol) e seletiva xerófita( são plantas adaptadas a viver em climas semiáridos e desérticos), é também uma planta decídua( perdem suas folhas em uma determinada época do ano) característica e exclusiva da zona dos campos de altitude do Planalto Meridional, onde apresenta restrita e inexpressiva dispersão. Também na orla dos capões e matinhas abertas do planalto e nas pequenas elevações rochosas de todo o sudoeste do Rio Grande do Sul, porém sempre em terrenos bem drenados e pedregosos.


Floresce em novembro e dezembro junto com o surgimento das novas folhas. Os frutos amadurecem em fevereiro-março.


Obtenção de Sementes; Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, cortando-se as inflorescências inteiras e deixando-as secar à sombra sobre uma lona até completar a abertura e liberação das minúsculas sementes. Um kg contém cerca de 500.000 unidades.





Produção de Mudas: As sementes deverão ser postas para germinação em canteiros separados com substrato organo-arenoso bem fino( peneirado), deixando-as sem cobrir e irrigando-se duas vezes ao dia. A emergência demora de 60-70 dias e a germinação é superior a 20%. O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é considerado bastante lento.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil


Autor:  Harri  Lorenzi      Volume  03    Primeira  Edição.























Cega-Machado Nó-de-porco ou pau-de-rosas



Cega-Machado  Nó-de-porco  ou  Pau-de-Rosas


Características Morfológicas: Altura de 5-10 m, dotada de copa alongada ou piramidal. Em terrenos pedregosos e pobre seu porte é arbustivo. Tronco mais ou menos ereto e cilíndrico, com casca rimosa e aspérrima, de 20-35 cm de diâmetro. Folhas simples, opostas cruzadas( raramente alternadas), rígido coriáceas, um pouco discolores, aspérrimas(  muito áspero) em ambas as faces e pubérulas( cuja cobertura é invisíveis aos olhos) sobre as nervuras na face inferior de 5-11 cm de comprimento por 2,5-6,5 cm de largura, sobre pecíolo de 2,9 mm de comprimento. Inflorescências em panículas terminais de 10-18 cm de comprimento, com flores muito vistosas de cor lilás. Fruto do tipo cápsula, com muitas sementes aladas pequenas.




Ocorrência: Nordeste brasileiro e estados de Goiás e Mato Grosso, na mata semidecídua e em cerradões. É muito frequente no centro de Goiás.

Madeira: Pesada( densidade de 0,85 g/cm3), muito dura ao corte, textura grossa, resistente e moderadamente durável.


Utilidade: A madeira é empregada para marcenaria de luxo, serviços de torno, construção civil e para obras externas, como postes, mourões, dormentes, estacas, carrocerias. A árvore é extremamente ornamental quando em flor, igualando ou superando a beleza dos ipês, características esta que a recomenda para uso paisagístico, principalmente para urbanização urbana. lamentavelmente tem sido pouco utilizada até o momento para este fim. Também é recomendada para reflorestamento.




Informações Ecológicas: É uma planta decídua( são plantas que perdem suas folhas numa determinada época do ano) é heliófita( precisa da luz do sol) é seletiva xerófita( são plantas adaptadas a viver em climas semiáridos  e desérticos, características e exclusiva da mata semidecídua e de sua transição para o cerrado, onde apresenta frequência elevada, não obstante muito descontínua e irregular na sua dispersão. Ocorre predominantemente em capoeiras na parte mais elevada do relevo, em solos argilosos de média fertilidade e bem drenados. Também muito frequente como planta isolada em áreas de pastagens. Produz abundantes quantidades de sementes disseminadas pelo vento.


Floresce de maneira exuberante durante os meses de agosto-setembro. Os frutos amadurecem logo em seguida em setembro-outubro.




Obtenção de Sementes:  Colher as infrutescências diretamente da árvore logo após o secamento das flores quando algumas sementes já desprendem-se pela movimentação dos ramos. Como as sementes são intensamente predadas por insetos, é fundamental que sejam colhidas o mais cedo possível e sejam tratadas com inseticidas adequados. Um kg de sementes equivale aproximadamente  1 milhão de unidades.


Produção de Mudas: As sementes são colhidas para germinação em canteiros de semeadura com substrato arenoso. Em seguida cobri-las muito levemente com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorrerá de 3-5 semanas e a taxa de germinação é média. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas no Brasil.

Autor   Harri  Lorenzi        Volume  02    Quarta  Edição

Instituto  Plantarum de  Estudos  da  Flora  Ltda.






























Maricá ou Mimosa Bimucromata



Maricá  ou  Mimosa  Bimucromata


Características morfológicas: Planta espinhenta e muito ramificada, de 4 a 8 metros de altura, dotada de uma copa arredondada e baixa. Tronco geralmente tortuoso, com casca rugosa de cor clara, de 20 a 30 cm de diâmetro, folhas compostas bipinadas, com eixo comum ( pecíolo + raque) pubescente e canaliculado de 2 a 12 cm de comprimento. Folíolos imbricados ( é um conjunto de folhas ou de órgãos  foliáceos dispostos sucessivamente). Subcoriáceos, de 6-12 mm de comprimento. Inflorescências em panículas amplas de 15-40 cm de comprimento, compostas por racemos( é um tipo de inflorescência) de capítulos longos-pedunculados, com flores brancas.




Ocorrência: Pernambuco ao Rio Grande do Sul, na Mata Fluvial Atlântica e na floresta latifoliada semi-decídua das Bacias do Paraná e Uruguai.

Madeira: É moderadamente pesada ( densidade de 0,61g/cm3), dura e de textura média medianamente resistente e bastante durável.

Utilidades: A madeira é utilizada para marcenaria, carpintaria, para usos externos, como estacas e mourões, além de ótima lenha que produz grande quantidade de caloria muito utilizada em olaria, padarias e aquecimento de caldeiras. Muito cultivada no sul do país como cerca viva defensiva em divisa de propriedades, principalmente em terrenos brejosos. Muito florífera e ornamental, com flores perfumadas e apícolas.




Informações Ecológicas: É uma planta decídua, heliófita, seletiva higrófita, pioneira, característica e
exclusiva da planície litorânea e da mata semidecídua das Bacias do Paraná e Uruguai, onde é muito abundante em associações secundárias em solo úmidos e brejosos. Não raro forma agrupamentos puros no extrato superior. Produz anualmente abundante quantidade de sementes viáveis.

Floresce durante os meses de janeiro a março. Os frutos amadurecem em abril-junho.


Obtenção de Sementes: As vagens são colhidas diretamente da planta logo que iniciarem a separação 
 e quedas dos seus segmentos. Em deixá-la ao sol para completar a separação. Estes segmentos , contendo uma semente cada, já podem ser considerados como sementes para efeitos de semeaduras, uma vez que a retirada da verdadeira semente do seu interior é muito trabalhosa. Um kg de sementes verdadeiras contém aproximadamente 105.000 unidades.





Produção de Mudas; As sementes ( segmentos das vagens) são colocadas para germinação logo que são colhidas, em canteiros de semeadura a pleno sol contendo substrato arenoso. A emergência ocorrerá de 2-4 semanas e a taxa de germinação geralmente é elevada. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado muito rápido.


Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor:  Harri  Lorenzi    Volume  02    Quarta  edição.

Instituto  Plantarum  de  Estudos  da  Flora Ltda



















Piteira-do-Caribe


Piteira-do-Caribe


Trata-se de uma planta de caule curto, com folhas longas, sendo que estas também podem ser estreitas e com pequenos espinhos, que ficam localizadas nas margens,  e podem terminar nas ponta de suas folhas, o que acaba por ter um formato de roseta grande, podendo chegar a aproximadamente 1 ou 2 metros de altura.




É originária das Antilhas e México.
A Piteira do Caribe floresce uma única vez na vida, após o surgimento da imensa inflorescência a planta morre, mas demora cerca de uns 10 anos.




Depois de alguns estudos percebeu-se que a planta depois de algum tempo pode tomar uma inflorescência ereta e ainda pode ter algumas ramificações que são chamadas de mudas e esta forma ainda pode chegar a atingir cerca de 2 ou até mesmo 3 metros de altura.





Não recomenda-se seu plantio em entradas de edifícios, passagens de pedestres nem em jardineiras de condomínios para evitar ferimentos pelas suas pontas muito aguçadas.

Multiplica-se pelos bulbilhos ( pequenos bulbo, gema ou botão ou botão desenvolvido e que pode originar uma nova planta).

Multiplica-se também por filhotes que podem ser destacados da planta mãe e plantados diretamente no local definitivo.

É utilizada na composição de grupos ou como planta isolada a pleno sol.


Plantas Ornamentais no Brasil  Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor:  Harri  Lorenzi  e Hermes Moreira de Souza

Terceira  Edição



















Cipreste-dourado ou Pinheiro Dourado



Cipreste Dourado  ou  Pinheiro Dourado


O Cipreste Dourado é uma árvores típica de conífera, ereta, ramificada de formato piramidal com ramagem esparsa e pode chegar  de 20 a 35 m de altura, com tronco  marrom avermelhado. Folhas com raminho com a extremidade reclinada,  um tipo alongado e outro menor, triangular.
Ocorrem mais de 20 variedades cultivadas. 
Na variedade Cripssii Rehder, o porte é arbustivo grande e a folhagem é densa, achatada, com os ramos terminais de cor dourada.


Cipreste  Japonês




As folhas são escamosas semelhante às da samambaias no formato, com forte aroma e uma bela cor verde-dourada.
Sua beleza destaca-se for plantado isoladamente em gramados bem cuidados.
Também pode ser conduzida como cerca-viva informal.


Cipreste  Italiano



Torna-se uma planta interessante na composição de jardins de estilo japonês, italiano, contemporâneo
 ou francês.


Cipreste francês





Pode ser cultivada isoladamente ou em grupos ou renques a pleno sol, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. 
Multiplica-se com relativa facilidade por estacas-ponteiros, principalmente quando postas a enraizar no final do inverno em ambientes protegidos e com alta umidade relativa do ar (estufas). 
Como a maioria dos ciprestes e pinheiros, o cipreste dourado  aprecia o clima ameno e tolera o frio e geadas. Não tolera encharcamento ou estiagem.


Plantas Ornamentais no Brasil Arbustivas, Herbáceas,  e Trepadeiras.

Autor;  Harri  Lorenzi  e  Hermes  Moreira de Souza.

Terceira  Edição.