Manjericão


Manjericão


É uma planta perene pertencente a família da hortelã laminaceae. Com uma altura de aproximadamente 60 cm sendo originada da Ásia e África.
É uma planta conhecida pelos seus galhos com muitas ramificações com suas folhas postas com um formato oval e pela sua cor verde-clara. O manjericão tem flores brancas e um pouco rosadas.
Cultivado desde a antiguidade e suas folhas são utilizadas como tempero especialmente em países tropicais da Ásia e na cozinha italiana.

Existem vários tipos de manjericão que diferem em sabor e aroma. O manjericão comum( ou manjericão alfavaca) é um dos mais fáceis de encontrar no Brasil. A folha tem uma espessura fina e o sabor é de média intensidade.





Uso do manjericão: É muito utilizado na cozinha, sendo um ótimo companheiro dos tomates e ingredientes fundamental para se fazer o famoso pesto  genovese, molho típico da Itália.
Também vai bem em saladas, massas, sopas, refogados de carnes com queijos. Como o calor diminui seu aroma, fica melhor se adicionado no final da receita ou só na hora de servir.

Para preserva-lo  lave e seque bem as folhas e acondicione em embalagens plásticas limpa e seca. Ou então pegue-as e coloque num vidro com azeite.
Recomenda-se usar as folhas enquanto novas, pois estas perdem o seu aroma depois de secas.




O manjericão é rico em vitaminas A, K, C, mangnésio, ferro, potássio e cálcio( importante para a manutenção dos dentes e ossos, coagulação e pressão sanguínea)

Outros estudos demonstraram que o manjericão possuem propriedades antioxidantes, antibacterianas, antiespasmódicas e digestivas. De acordo com pesquisas apresentada apresentadas na Conferência Britânica de Farmaceuticos( BPC, nas siglas em inglês) em Manchester, na Inglaterra, o manjericão também possui propriedades que podem ajudar a prevenir os efeitos nocivos do envelhecimento, evitando danos causados por alguns radicais, livres do fígado, cérebro e coração.

O uso da planta tem efeitos terapêuticos notáveis.
Por conter altas quantidades de beta-cariofeleno, o manjericão pode auxiliar no tratamento de artrite e outras complicações inflamatórias. 
O manjericão também contribui para reduzir o crescimento de algumas bactérias, tornando-se seu uso em saladas interessante.




Tradicionalmente, o manjericão pode ser usado também no trato de de tosses, de disfunção renais e como método de alívio de dores no estômago.
Ele serve com repelente natural de insetos devido ao seu forte odor, que afasta moscas e mosquitos.


Como cultivar o manjericão?

É uma planta que não suporta baixas temperaturas, necessita de alta luminosidade e deve receber luz solar direta pelo menos por algumas horas, diariamente.

O solo deverá ser bem drenado, leve, fértil e rico em matéria orgânica.
Irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam o manjericão.

Molho de Manjericão:
  
2 xícaras de folhas de manjericão
1/2xícara de azeite de oliva
2 dentes de alho
Sal a gosto.

Para que é usado o manjericão?


Alívio de tosses, o manjericão é ingredientes de xaropes e expectorantes, dores de garganta também pode ser aliviada com um gargarejo com água fervida com folhas da plantas. A erva é ainda eficaz para outros problemas respiratório tais como asma e bronquite.

O chá de manjericão tem um poderoso efeito calmante e pode ajudar a relaxar, diminuir a ansiedade, estresse e melhorar a qualidade do sono, combatendo a insonia. Trata-se de uma excelente fonte de fibras, proteínas, minerais como zinco, ferro, manganês, potássio, cálcio e vitaminas A, B, C, E, K.
















Azaléia-coreana

Características: É um arbusto muito ramificado, florífero, também é uma espécie asiática, muito bonita e durável, originário da Coréia, com excelente tolerância ao frio  e ao calor.
As flores são formadas nas gemas apicais dos ramos no inverno-primavera. de corola campanulada.




algumas espécies são para climas do norte que produz uma copa de folhagem amplamente espalhada que permanece perene em regiões com invernos suaves. Proporciona uma interesse multi-estação com lindas treliças de flores rosa-lavanda e aparecem no início da primavera e folhagem laranja-vermelho no outono.




Também possuem cores lilás-arroxeadas ou rosa-arroxeadas, nas espécies típicas as flores são dobradas e na variedade poukhanense  Nakai, são simples e perfumadas.
Esta espécie é um dos componentes na hibridação das azaléias híbridas.





Instruções básicas de cuidados: É um arbusto valorizado pela sua abundância de flores de lavanda-rosa no início da primavera. A folhagem verde bonita e profunda, é mantida em ramos densos.
Uma ótima opção para uso como cobertura em bordas ou em um plantio em massa.





É também adequada para cultivo como planta isolada e em grupos ou renques, ou para formar delimitadores físicos, em canteiros ricos em matéria orgânica. Indicada apenas para região sul do país.
Multiplicam-se por alporques, bem como por estacas enraizadas em estufas.

Necessidade de luz: Sombra parcial ao sol parcial.
Necessidade de rega: Regue regularmente para manter o solo uniformemente úmido semanalmente ou com mais frequência:
Tamanho médio da paisagem: O crescimento é lento atinge 3 pés de altura 4 a 5 pés de largura.
Uso da paisagem: Também pode ser usado como fronteira, cercas, plantio em massa, jardins urbano.




Plantas Ornamentais no Brasil  Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras

Autor Herri Lorenzi  e  Hermes Moreira de Souza    Terceira Edição














Abacaxi-roxo, Moisés-no-berço

Nomes populares: Abacaxi-roxo, Moisés-no-berço
Família: Commelinaceae 
Categoria: Cactos, e suculentos, folhagens, forrações a sol pleno.
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Tropical.
Origem: América Central, América do Norte, Belize, Guatemala, México.
Altura: 0,3- a 0,4 m.
Luminosidade: Luz difusa, meia sombra sol pleno.
Ciclo de vida: Perene.

É uma planta rizomatosa de folhagem colorida e perene cultivada em diferentes regiões.
Ela forma rosetas densas e simétricas, com folhas côncavas e lanceoladas. Tipicamente , as folhas apresentam a página superior verde, a concolor e uma de folhas variegadas, com listas vermelhas e amarelas.





Floresce na primavera e verão, despontando inflorescências em rácemos, nas axilas foliares.
As inflorescências são formadas por pares de de brácteas, que lembram pelo formato de pequenos barcos ou canoa, pequenas flores brancas, trímeras e efêmeras, de pouca importância ornamental.

O fruto formado é do tipo cápsula.
No paisagismo é uma planta do tipo forração tropical por excelência. O colorido atrativo da sua folhagem assim como a textura peculiar e o efeito geométrico das rosetas, criam contrastes interessantes no jardim.






É utilizado em maciços ou bordaduras sob o sol pleno ou a meia-sombra. Também é perfeito para jardins rochosos, crescendo entre as fendas. Pode ser plantado em vasos e jardineiras.






Plantas Ornamentais no Brasil, Arbustivas, herbáceas e trepadeiras.


Autor  Harri  Lorenzi  e  Hermes Moreira de Souza      Terceira  Edição











A origem de alguns legumes e verduras


Os termos "legume" e "verdura" não tem significado botânico preciso; são empregados para definir uma diversidades de partes comestíveis de plantas, tais como raízes( cenoura e beterraba), caules( batata comum e aspargo), folhas( espinafre e alface), talos de folhas( aipo e acelga), brácteas( alcachofra), flores e botões florais( brócolis e couve-flor), frutos( tomates e abóbora) e sementes( feijão).

Diferentes família de plantas fornecem legumes e verduras, mas certos grupos são particularmente importantes nesse aspecto, Na família Cruciferae, por exemplo, destaca-se a espécie Brassica oleracea que apresenta-se sob diversas variedades de verduras, tais como a couve comum, o repolho, a couve-de-bruxelas, a couve-flor, o brócolis e a couve-rábano, Nessa última variedade, raramente encontrada no comércio, o caule produz um tubérculo comestível imediatamente acima do nível do solo.

A Planta ancestral da couve era nativa região mediterrânea, e alguns pesquisadores acham que ela começou a ser usada pelo homem porque apresentava sementes oleoginosas. Através de seleção, os agricultores foram modificando diferentes partes da planta, o que produziu as numerosas variedade cultivadas que temos hoje.

Outras espécies da família Cruciferae, nativas da Europa e da Ásia, também fornecem diversos tipos de legumes e verduras. Entre essas espécies podemos citar o rabanete cultivados por suas raízes, e diversos tipos de mostardas, dos quais comem-se as folhas.
A mostarda-preta, além disso, produz sementes usadas no preparo do molho de mostarda, usado mundialmente como tempero.

O rabanete( Raphanus sativus) tem papel importante na culinária oriental. Diversas variedades japonesas de Raphanus, popularmente chamadas de nabo, chegam a pesar quase 30 kg.
Os nabos são utilizados crus, cozidos e preparados como conserva. Em certas regões da Ásia cultiva-se uma variedade de rabanete que produz vagens comestíveis, as quais podem atingir mais de 0,5 metro de comprimento.

A família Solanaceae fornece, além da batata comum, diversas espécies de plantas alimentícias, das quais a mais importante é o tomate, que já era cultivada no México por ocasião da descoberta da América, de onde foi levado para a Europa na primeira metade do século XVI. Outras Solanáceas  importantes como alimento são as berinjela, originária provavelmente da Índia, e o pimentão originário da América. Diversas espécies de solanáceas do gênero Capsicum foram domesticadas pelos nativos da América tropical por causa de seus frutos ardidos.


Amabis  e  Martho   Biologia  dos organismos   2



























Fanerógamas ( plantas com sementes)


A maioria das plantas que conhecemos pertence ao grupo das fanerógamas. O termo "fanerógama
( visível) refere-se ao fato dessas plantas apresentarem órgãos reprodutores evidentes, ao contrário do que ocorre nas criptógamas. As fanerógamas são também chamadas de espermatófitas ( plantas que possuem sementes).


Classificação da Fanerógamas: Compreendem-se dois grupos informais: 

Gimnospermas( sementes nuas, ou seja, sementes expostas)
Angiospermas( possuem a semente alojada dentro do fruto)

As gimnospermas são divididas em quatro grupos mas o mais conhecido é o grupo das Coníferas
que compreende  os pinheiros, os ciprestes e os cedros. As cicadófitas ou cicadáceas, lembram pequenas palmeiras, e algumas são utilizadas como plantas ornamentais.


Cicadáceas




Habitat: As fanerógamas estão amplamente distribuídas pelo mundo, ocupando tanto regiões úmidas quanto desertos. Há diversas espécies aquáticas.

As gimnospermas são abundantes em regiões temperadas do hemisfério norte, onde formam extensas florestas chamadas taigas.No Brasil existe uma formação vegetal de coníferas conhecida como mata de araucárias, típica da região sul do país. Essa mata, hoje bastante destruída pela exploração irracional da madeira, cobria no passado grande parte dos estados Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A árvore predominante  na mata de araucárias é o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifolia).
As angiospermas são as principais constituintes das florestas temperadas e tropicais dos campos, dos desertos, dos manguezais etc. e constituem a fonte básica de alimento para a humanidade.


Pinheiro-do-paraná




Adaptações das fanerógamas à vida terrestres: O grande sucesso das fanerógamas pode ser atribuído a duas importantes adaptações ao ambiente terrestre:
A independência de água para a reprodução e a propagação por meio de sementes.

A independência da água para a reprodução: As plantas fanerógamas herdaram de suas ancestrais o ciclo de vida alternante. Em comparação com aquelas plantas, porém seus gametófitos são reduzidos que parecem pequenos órgãos reprodutores dos esporófitos que uma geração separada.

As adaptações evolutivas das fanerógamas eliminaram a necessidade de o gameta masculino nadar para encontrar o gameta feminino. Com isso, as fanerógamas tornaram -se altamente adaptativas ao ambiente terrestre.

O papel da semente: Uma importância evolutiva fundamental no meio terrestre é a presença da semente, um meio de dispersão muito mais eficiente do os esporos. 
Uma semente pode ser comparada ao ovo de um réptil ou ave. Contém um embrião, um suprimento de reservas alimentares e um envoltório protetor. As reservas de alimentos servem para nutrir o embrião em desenvolvimento até o aparecimento das raízes e folhas e aquisição de realizar fotossíntese. Certas sementes, por exemplo, permanecem vivas durante a estação seca, até que surjam condições de umidade favoráveis à sua germinação.

As sementes das plantas de regiões temperadas são capazes de resistir ao frio intenso do longo período de inverno, germinando somente quando as condições de temperatura tornam-se favoráveis.
Essa capacidade de resistir a condições desfavoráveis permite que as sementes espalhem-se e germinem a grandes distâncias da planta-mãe.


Estróbilos femininos desenvolvidos de Pinus alguns meses após a fecundação





Estróbilos: São estruturas reprodutoras das angiospermas que correspondem um ramo fértil responsável pela produção de esporos.

Existem dois tipos: 
Megásporo: Que produz esporos femininos.

Micrósporo: Que produz esporos masculinos.


Amabis  e  Martho     Biologia  dos  Organismos  Volume  2

Classificação, Estrutura e Função dos Seres Vivos



























Caiué, dendê-do-pará


Características gerais- Possui caule solitário, rastejante na base formando-se ereto no ápice, desprovido de palmito no topo, de 1-6 m de altura e 30-40 cm de diâmetro, com aspecto grosseiro e marcado pelas cicatrizes das folhas já caídas. Folhas numerosas (20-40 contemporâneas), pinadas, arqueadas, planas, de 2,5-3,5 m de comprimento;






Pinas lineares, em número de 33-90 de cada lado da raque, de cor verde-brilhante, distribuídas regularmente e dispostas num mesmo plano; a forma da distribuição das pinas sobre a raque separa essa espécie do dendezeiro africano que as tem agrupadas e em diferentes planos; pecíolo longo e coberto por espinhos fortes e recurvados nas margens.





Possui inflorescências ramificadas e dispostas de maneira comprimida entre as folhas, cobertas por brácteas em forma de fibras na floração, unissexuadas, porém geralmente de um único sexo de cada vez. Frutos oblongos ou comprimidos pelo excesso na infrutescência, alaranjados, de polpa oleosa e com uma semente.





Habitat- Região Amazônica, onde é esporádica em várzeas úmidas ao longo de rios e córregos, persistindo na capoeira após a derrubada da mata. Também na América Central, Colômbia e Guianas, onde é mais frequentes.


Utilidades- Seu mesocarpo é rico em óleo, o qual é extraído localmente para uso na cozinha, iluminação e como creme capilar. Atualmente é cultivada com tal finalidade, contudo não na mesma extensão que o dendezeiro-africano.
Também é cultivado ocasionalmente com fins ornamentais.


Produção de Mudas- A frutificação é abundante de janeiro a julho. Um kg contém cerca de 1.100 unidades, cujas sementes germinam em 3-4 meses. A remoção da polpa e embebição em água por 7 dias melhoram sua germinação


Flora Brasileira   Autor: Harri Lorenzi     Arecaceae (Palmeiras)









































Tritoma, lírio-tocha


É uma planta herbácea rizomatosa, perene, entouceirada, ereta, originária da África, de 70-90 cm de altura, com folhas lineares, glabras, longas e perenes.






Possuem inflorescência longas, ereta, altas, densas, com numerosas flores vermelho-alaranjadas tubulares, muito perfumadas, que formam-se durante a primavera e verão, de grande efeito decorativo e muito visitadas por beija-flores.





É bastante adequada para plantio em touceiras isoladas, para bordaduras e para formação grandes conjuntos, a pleno sol, em canteiros com terra rica em húmus, de boa drenagem e irrigada periodicamente.






São plantas extremamente resistentes a baixas temperaturas, desenvolvendo-se bem em regiões de altitude do sul do país.

Multiplicam-se facilmente por divisão de touceiras no verão.


Plantas Ornamentais no Brasil Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras.

Autor Harri Lorenzi    e   Hermes Moreira de Souza    Terceira  Edição





















Macaúba ou macaúva


Nomes populares: macaúba, macaúva, coco-de-catarro, bocaiuva, coco-de-espinho, coco-baboso, macaíba, macacaúba, macajuba, macaibeira, mucajá, mucaia macajuba, chiclete-de-baiano.

Características Gerais: Caule simples, sempre cilíndrico, raramente com algum intumescimento( ver lista de palavras da botânica), com 10-15 m de altura por 20-30 cm de diâmetro, coberta pelas bases persistentes das folha associadas a espinhos, principalmente nas plantas jovens. Folhas pinadas (ver palavras da botânica), 20-40 por planta com bainha de 58-64x30-34 cm, pecíolo( ver palavras da botânica) com 18-26 de comprimento e cerca de 4 cm de largura e raque( ver palavras da botânica) de 1,9-2,5 m pinas 128-132 por lado, irregularmente distribuídas e dispostas em vários planos, de 80-85 x 3,0-3,6 cm, Inflorescências( ver palavras importantes) interfoliares e ramificadas, com profilo de 45-50x6-8 cm e parte expandida da bráctea( ver palavra importante)peduncular( ver palavra importante) de 66-82x23-33 cm pedúnculo de 46-52 x 4,5-5,0 cm de comprimento e cerca de 0,5 cm de largura; flores pistiladas( ver palavra importante) na base das raquilas(ver palavras importantes) sempre formando tríades, os dois terços superiores somente flores estaminadas(ver palavras da botânica)






Frutos globosos, de epicarpo lenhoso verde-amarelado e liso, com 3,5-5.0 cm de comprimento, com mesocarpo amarelado, fibroso-mucilaginoso( ver palavras da botânica), adocicado e comestível.

Habitat: É encontrado do Pará até São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, em cerradões e mata semidecíduas(ver palavras da botânica).





Utilidades: Madeira de longa durabilidade, usada em construções rurais. As folhas fornecem fibras têxteis. O mesocarpo( ver palavras da botânica) é comestível.

Apresenta bom potencial paisagístico.




Produção de Mudas: Um kg de sementes(endocarpo) contém cerca de 95 unidades, cuja a germinação é difícil, podendo levar até anos. Sementes velhas arrancadas do solo sob a planta podem apresentar rápida germinação.


Flora Brasileira   Harri  Lorenzi            Arecaceae(Palmeiras)
















Palmeiras



Introdução: São plantas monocotiledôneas( presença de apenas um cotilédone na semente e folhas com presença de nervuras paralelas).
As palmeiras pertencem a família Arecaceae( Palmae) na nomenclatura técnica.
São representadas por cerca de 2700 espécies reunidas em mais de 240 gêneros. Algumas são conhecidas por nomes vulgares que as identificam satisfatoriamente, mas muitas não os possuem ou, , se possuem, dão origem a uma grande confusão por serem aplicados a plantas totalmente diferentes.
Por esse motivo devem ser  sempre conhecida por nome botânico.

O nome botânico é formado principalmente por duas palavras, que representam, respectivamente, o gênero a que pertence, além de de uma terceira ou mais que designa o nome do autor da espécie.
Um único gênero pode ter muitas espécies, indicando um grau de parentesco que possuem entre si.

Utilidades das Palmeiras: As palmeiras juntamente com as árvores, arbustos, gramados e pantas rasteiras constituem elementos componentes de parques e jardins. Trata-se das plantas mais características da flora tropical, com capacidade de transmitir ao meio que são cultivadas algo do aspecto luxuriante e do fascínio das regiões tropicais. São por isso elementos importantes na composição do paisagismo nacional.







São consideradas as aristocratas do reino vegetal pelo porte altaneiro e elegante que as distinguem das outras plantas, características essas que as levaram a integrar a ordem Príncipes da Sistemática Vegetal, alusiva à posição nobre que ocupam.

Muitas palmeiras são de grande importância econômica pelos diferentes produtos que delas podem ser obtidos. Os produtos destinados à alimentação humana tem maior destaque e, nesse quesito, o "coco da bahia" ou coqueiro( Cocos nucifera) está em primeiro lugar, não somente na forma de frutos verdes para fornecimento de água de seu endocarpo, mas também de frutos maduros para produção de endosperma das sementes ralados, amplamente industrializados e utilizado nas culinária brasileira, bem como alguns derivados dela, como leite e gordura para vários usos.
É a única espécie nativa de palmeira amplamente cultivada no país para produção frutos.
Várias outras espécies nativas fornecem " palmito", tanto doce como amargo, amplamente consumidos em todo o país;







São mais produtivos e utilizados o Euterpe edulis( palmito juçara), Bactris gasipaes (pupunha), Syagrus oleracea ( guariroba) e Euterpe oleracea (açai) apenas a pupunheira e a guariroba são cultivados para esse fim.

outras palmeiras tem valor marginal como fornecedores de alimentos, principalmente de forma extrativistas, destacando-se neste grupo o babaçu-do-maranhão ( Attalea speciosa), como fornecedora de óleo comestível e industrial de suas amêndoas (sementes) que apesar de estar baseada inteiramente no extrativismo, tem grande importância  para as populações do norte do país.

Distribuição Geográfica: As palmeiras estão  entre as plantas mais antigas do globo e seus vestígios remontam há mais de 120 milhões de anos.
As palmeiras que hoje estão limitadas às regiões  da Ásia Tropical ocorriam na Europa Ocidental e atualmente diversas espécies são de grande interesse para o paisagismo das regiões temperadas onde o uso de palmeiras é muito restrito.

Entre as espécies nativas mais tolerante ao frio estão as do gênero Butia nativas da região sul do Brasil: Butia eriospatha, Butia microspadix, Butia odorata, Butia lallemantii e Butia yatay.

A maior ocorrência de gêneros e espécies verifica-se nas regiões de campos Rupestres de Minas Gerais, Goiás e Bahia, contudo, a maior concentração de plantas ocorrem na chamada "zona dos cocais", que abrange extensas  regiões, desde o Norte e Nordeste até o Centro-Oeste, caracterizada pelo babaçuais, carnaubais e buritizais, e, em direção ao Pantanal, os carandazais.


Características estruturais das palmeiras: As palmeiras apresentam desenvolvimento perfeitamente individualizado, caracterizado quanto à forma e aspecto sendo, contudo, como grupo, as mais diversificadas morfologicamente entre todas as monocotiledôneas e talvez todos os grupos do reino vegetal; apesar disso, são raramente confundidas com outros grupos de plantas, até mesmo pelas pessoas familiarizadas com as plantas em geral.

Como a maioria das plantas, de uma forma geral, possuem raízes, um caule ou estipe( geralmente sem ramificações aérea) folhas, flores, frutos e sementes e, como monocotiledôneas, possuem um broto terminal; este tem um único meristema apical que produz folhas, inicialmente na planta jovem
(muda) dispostas em direções opostas(dística), cujo arranjo persiste em algumas espécies na fase  adulta, na maioria dos adultos das espécies brasileira a disposição das folhas  torna-se helicoidal ou espiralada.




A filotaxia das plameiras adultas podem ter valor taxonômico em alguns grupos.
No broto da palmeira, o eixo de cada folha, potencialmente contém um broto e o alongamento do estirpe entre cada inserção foliar produz um entrenó; os diferentes tipos de hábitos das espécies de palmeiras resulta do desenvolvimento de brotos axilares;  o broto pode tornar-se um novo broto, formar uma inflorescência ou simplesmente pode abortar; o hábito cespitoso de muitas espécies resulta do desenvolvimento de novos brotos a partir de brotos localizados na base da planta;
nessas espécies, os brotos axilares da base da planta geralmente são vegetativos, enquanto os da parte distal transformam-se em inflorescência;
algumas espécies têm plantas de estirpe solitário e ou cespitoso.


Raízes: As raízes fixam a planta no solo e exercem a função de absorver água e alimentos. São cilíndricas subterraneamente, do tipo" cabeleira ou fasciculada,"no qual não distingue-se  uma raiz principal, sendo todas semelhantes.
Outras raízes podem aparecer no caule acima do solo, principalmente em regiões de mata úmidas.
 São raízes aéreas ou secundárias que podem ou não atingir o solo e complementar a função do sistema radicular.
Em algumas espécies de Chamaedorea formam-se essas raízes aéreas, mas estas nunca atingem o solo, enquanto na paxiúba ( Socratea exorrhiza) formam um suporte cônico fixado ao solo ( raízes escoras).






Raízes de coqueiro




Caules: Os caules das palmeiras tem o nome especial de estirpe ou estípite. Podem ser chamados didática e popularmente de caules. São alongados, cilíndricos ou colunares, geralmente sem ramificações e ostentam no ápice um tufo ou capitel de folhas.

Possuem estruturas diferentes dos troncos das árvores dicotiledôneas, visto que os destas, por serem dotados de câmbio, aumentam seu diâmetro por acréscimo de um novo anel ou uma nova camada.

O caule das palmeiras é duro e não possui casca no sentido que comumente compreende-se  como tal nas árvores. A medula central é esponjosa e cercada  por um anel protetor, forte, de fibras que formam numerosos feixes verticais de tecido condutor, xilemas e floemas. Sendo destituído do tecido cambial, uma vez formado não haverá aumento de diâmetro.

As palmeiras podem ter um único caule, simples, solitário, ou vários( múltiplos) , formando uma touceira. O caule de algumas espécies poderá ser subterrâneo , tornando-as aparentemente acaules.


Caules de Palmeiras





Palmeiras com caules ramificados são raras. O único gênero brasileiro que conta com espécies que podem ramificar, porém apenas dicotomicamente quando bem idosas, é a Allagoptera, das quais a mais notável é A, leucocalyx do Brasil central.

Certas palmeiras não possuem caule acima do solo e as folhas parecem surgir diretamente do chão. Na horticultura são denominadas acaules, mas possuem realmente caule subterrâneo. Após muitos anos, desde que não  sejam perturbadas e as condições favoreçam, o caule pode emergir e alcançar dezenas de centímetro fora da terra. O exemplo mais característico é oferecido pelo indaiá-do-campo
e pela pindoba-da-terra.


Attalea geraensis




As palmeiras que possuem caules com crescimento semelhantes ao das trepadeiras geralmente entouceiradas.

Os caules das palmeiras podem ser lisos, isto é, desprovidos de qualquer  revestimento; outros são revestidos durante muitos anos por bases remanescente do pecíolo de folhas já caídas a muito tempo.

Na carnaúba ( Copernicia prunifera) as bases remanescente aderem ao caule apenas na fase da juventude.

Os caules podem ser revestido de espinhos como o da macaúba ( Acrocomia aculeata).


Folhas: A palmeira apresenta uma grande variedade de folhas quanto ao tamanho, forma e divisão.
Em diversas espécies são muito grandes e constituem as maioria do reino vegetal como as de Raphia taedigera da região do baixo Amazonas que chegam a ter mais de 10 m de comprimento.

As folhas são formadas essencialmente por um eixo no qual são distinguidas três partes ou regiões: bainha, pecíolo e lâmina.

A bainha é a base ou região mais inferior que envolve caule, parcial ou totalmente.

O pecíolo é a continuação da bainha e consiste da parte  livre das folhas, curta ou longa. As margens são lisas, denteadas ou com espinhos e, em corte transversal, pode ser arredondado, na parte inferior e canaliculado ou côncavo na parte superior.

A lâmina ou limbo é a parte verde da folha, que pode ser inteira ou variavelmente dividida; possui, na parte central, a raque uma porção mais rígida que é a continuação do pecíolo.

As folhas divididas ou pinadas não são consideradas compostas na linguagem botânica pela origem inteira  destas, contudo, usa-se ocasionalmente o termo folíolo ou mais frequentemente pina para designar suas divisões.

Em função da forma, as folhas podem ser de dois tipos:

Em um deles, a lâmina é dividida e seus segmentos dispõem-se regular ou irregularmente ao longo da raque sendo chamado de pinadas e os segmentos de pina ( e ocasionalmente de folíolos). Algumas palmeiras possuem folhas bipinadas, isto é, a raque principal é ramificada e as pinas fixam-se nessas ramificações.


Inflorescências: As inflorescências, juntamente com as flores,  constituem a parte reprodutiva das palmeiras. São formadas por um conjunto de flores localizadas numa estrutura ramificada ou não.

Provém de gemas exclusivamente florais que formam-se respectivamente a partir da base das folhas e na maioria das palmeiras são laterais e axilares.

São formadas por três elementos: brácteas pedunculares, raques e ramos florais ou raquilas.

As brácteas são folhas modificadas que, no início, envolvem inteiramente as inflorescências. São chamadas também espatas e, com a expansão das inflorescências, podem cair ou persistir.

Raque é o eixo principal da inflorescência. Podem apresentar de diversas ordens como primárias, secundárias, terciárias, etc. As quais são as raquilas. As últimas ramificações comportam as flores.

As inflorescências podem ser do tipo espiga, racemos ou panícula.

A maioria da palmeiras são policarpas, isto é, as inflorescências formam-se sucessivamente ano após ano durante todo o período de maturidade.

Há palmeiras que emitem inflorescências terminais, no ápice do caule.

As palmeiras monocárpicas florescem uma única vez na vida.

As inflorescências são unissexuadas quando formada por flores exclusivamente masculinas ou femininas, quando as plameiras são ditas monoicas quando formam-se separadamente na mesma planta.

Plameiras dioicas, isto é, uma palmeira é masculina e outra é feminina.





Flores: As flores das palmeiras são poucos atraentes por serem muito pequenas. Geralmente desprovidas de colorido vistoso.

As flores são hermafroditas ou andróginas quando tem os órgãos masculinos e feminino na mesma flor.

São unissexuadas masculinas e feminina quando têm apenas um órgão. Estão dispostas de mameira séssil nas raquilas e podem ser solitárias ou em grupos e, nesse caso, geralmente em tríades de uma central feminina circundada  por duas masculinas.


Frutos: Os frutos das palmeiras são muito variáveis no tipo, tamanho, cor, e forma, a ponto de alguns serem dificilmente associados a esta família. Popularmente são chamados  de " cocos"e devido ao tamanho menor, "coquinho". As plantas que os produzem são chamadas" coqueiros".

Os frutos típicos são formados por três camadas mais ou menos definidas.

A camada mais externa ou casca é chamada de epicarpo ou exocarpo, liso espinescente ou escamoso; a do meio, popularmente denominada" polpa " é o mesocarpo, que pode ser de natureza fibrosa ou não, seca, carnosa ou fibroso-suculenta; a interna, que protege a semente, é o endocarpo, que pode ser fino, membranoso, celulósico, espesso ou muito duro, de textura classificada como pétrea ou óssea.

Os frutos em geral são de forma globosa, ovalada, cônica ou alongada. O tamanho é muito variável, desde cerca de um grão de arroz ou de uma ervilha até excepcionalmente grande com peso em torno de 20 kg.


Sementes: A cavidade dos frutos das palmeiras é preenchida geralmente por uma única semente, dura e densa. A forma é variada, arredondada, ovalada, cônica, às vezes alongada. Consiste principalmente no endosperma ou albúmen duro, que é uma massa de tecido nutritivo no qual está embutido o embrião pequeno e mole.

O endosperma é revelado em qualquer semente de palmeira por um corte transversal. Quando o corte o revela sólido, com superfície uniforme, o endosperma é homogêneo.

Quando a superfície é irregular, com divisões ou crescimentos e dobras que penetram no endosperma, este é considerado ruminado, isto é, como se tivesse sido mascado. As ruminações são linhas marrons, cunhas ou lâmina de tecido originário do revestimento da semente, as quais formam um um desenho irregular pelo crescimento ou pelas dobras que invadem o endosperma novo semilíquido ou gelatinoso com a semente em formação.

Um grupo de palmeiras, as cocoídeas ou tecnicamente da tribo Cocoeae, tem o endocarpo que envolve a semente marcado com três furinhos dispostos em triângulos bem visíveis. São os poros de germinação, dos quais dois são duros e um é mole, o que permite a passagem do embrião envolvido durante a germinação.

A forma globosa ou ovalada do endocarpo com as três pontuações lembram o focinho de um macaco, que no português popular antigo era chamado "coco". Essa denominação passou a designar o gênero das palmeiras de diversas espécies de palmeiras, atualmente restrito à apenas uma Coco nucifera (coqueiro da bahia).

As sementes de palmeiras não passam de um período de dormência como as de plantas, mas não resistem ao dessecamento. Perdem rapidamente o poder germinativo. Diversas palmeiras dioicas produzem sementes férteis apesar de não ocorrer a polinização.

Multiplicação de Palmeiras: As palmeiras são multiplicadas por sementes e, de maneira excepcional, por divisão de touceira quando são cespitosas.

As sementes germinam bem quando novas, retiradas de frutos amadurecidos, recentemente colhidos e que não foram guardados por um tempo muito prolongado.

Cespitosas: É um termo botânico que refere-se ao modo como algumas plantas  crescem lançando novos brotos ou caules de maneira aglomerada geralmente formando uma touceira ou espesse tapete.

Multiplicação por divisão de touceiras: Esse processo de multiplicação é utilizado se as palmeiras forem cespitosas, estéreis ou quando são plantas masculinas, bem como se houver interesse na obtenção mais rápida de mudas.

As mudas de palmeiras cespitosas são obtidas por divisão dos caules subterrâneos. Devem vir acompanhadas de porções do rizoma com raízes e caules aéreos. Cada divisão constitui uma muda ou clone.

Multiplicação por sementes: As sementes destinadas à germinação deverão ser previamente preparadas, a fim de que esse processo ocorra melhor e mais rapidamente.
Para isso deve ser retirada a casca e a polpa ( epicarpo e mesocarpo) que envolvem a semente.
É recomendável a higienização das sementes, por exemplo:
Água sanitária diluída em água, numa proporção de cerca de 10% por cerca de 15 a 20 minutos, após o que devem ser levadas copiosamente para a remoção da água sanitária.

As sementes limpas e lavadas são postas à sombra( nunca a pleno sol) para secar. Para serem conservadas por um período de 2-3 meses é conveniente mante-las em sacos plásticos fechados.
Quando destinadas a outras regiões ou países devem ser acondicionadas em sacos plásticos que contenham um pouco de esfagno, musgos de floricultura ou vermiculita  umedecidos para evitar que ressequem.

Semeaduras: As sementes de frutos recém-colhidos, já limpas podem ser semeadas de imediato, o que, acontece em qualquer época do ano. Aquelas que eventualmente forem recebidas de lugares distantes, sem contar com a proteção do esfagno umedecido, provavelmente chegarão muito ressecadas, sendo aconselhável mante-las em uma vasilha com água por tempo  variável, desde algumas horas até um dia inteiro,  avaliando-se para isso seu grau de reidratação.

Meio e local de semeadura: O meio usual de semeadura e de eficiência satisfatória é representado por aria lavada de rio ou substrato estéril, para evitar-se a contaminação por patógenos. Quando semeados em canteiros, estes deverão ter no máximo  1,2 m de largura para facilitar a semeadura e qualquer outro trabalho a ser executado.

A semeadura de palmeiras deverão ser feitas sob telados ou estufas. na impossibilidade deste abrigo, os canteiros deverão ter uma cobertura suspensa para evitar a radiação direta  do sol.

Modo de semear: Ela poderá ser feita em embalagens individuais ou em canteiros e as sementes cobertas  com o mesmo substratos das embalagens ou dos canteiros numa espessura compatível com o volume ou tamanho da própria semente.

As sementes deverão ficar a uma profundidade que corresponde  ao seu próprio diâmetro ou espessura; no caso do uso de areia, para permitir a melhor manutenção da unidade, a camada de cobertura poderá conter a mistura de uma pouco de vermiculita.

As sementes deverão ficar separadas umas das outras a uma distância correspondente  ao seu próprio comprimento. Terminada a semeadura, é feita uma irrigação copiosa com jato leve, repetida periodicamente, de maneira a manter o meio de semeadura sempre umedecido.

Germinação: O embrião das sementes de palmeiras assemelha-se a um batoque inserido no endosperma. Consiste de duas partes envolvidas  por uma folha cotiledonar simples. De uma delas irá desenvolver-se folhas verdadeiras e de outras, raízes.

O tempo necessário para a germinação das sementes depende principalmente da espécie.
Algumas demandam algumas semanas e outras até vários anos.
Influem também a idade das sementes e a temperatura ambiente onde são semeadas .


Flora Brasileira  Instituto Plantarum de Estudos da Flora.

Autor:  Harri  Lorenzi       Arecaceae  ( Palmeiras)