Macuqueiro ou Cauassu



Macuqueiro ou Cauassu


Características Morfológicas: Altura de 5-8 m, dotada de copa alongada muito característica, com ramos novos coberta por densa pubescência ferrugínea. Tronco ereto e mais ou menos cilíndrico, revestido por casca lisa e descamante em placas irregulares, de 15-20 cm de diâmetro. Folhas simples, muito grandes, opostas cruzadas inteiras, longo-pecioladas, membranáceas pubescentes( coberto por pelos finos) em ambas as faces, muito variável no tamanho (25-50 cm de comprimento por 20-30 cm de largura). Inflorescências em panículas terminais solitárias de 18-22 cm de  comprimento, com muitas flores pequeninas de cor branca. Fruto cápsula bivalvar( numerosa, globosa ou fruto alongado) ovalada, contendo várias sementes minúsculas.


Ocorrência: Rio de Janeiro e Minas Gerais até Santa Catarina, na mata pluvial de encosta atlântica.


Madeira: Moderadamente pesada( densidade de 0,64 g/cm3), de textura média, uniforme, de média resistência mecânica e de baixa durabilidade natural.





Utilidade: A madeira pelas pequenas dimensões disponíveis, é indicada apenas para estacas para andaimes de construção  e para uso interno em construções rústicas. A árvore é de aspecto curioso e ornamental pelas enormes folhas que possui, podendo ser usada com sucesso no paisagismo. Também indicada para a composição de reflorestamentos heterogêneos destinados à recuperação da vegetação de áreas incultas ( que não é cultivado).


Informações Ecológicas: Planta perenifólia ( Possuem folhas persistentes mantém durante o ano inteiro), de luz difusa, seletiva higrófita ( gosta de umidade), secundária, característica e exclusiva do sub-bosque da mata pluvial atlântica do Sul do Brasil. De ocorrência ampla e abundante, porém descontínua e irregular na dispersão ao longo de sua área de distribuição,  é particularmente frequente na parte mais alta da encosta da Serra do Mar nos estados de São Paulo e Paraná. Ocorre com maior predominância nas encostas e fundos de vales onde os solos são férteis, principalmente na mata primária. Produz anualmente grandes quantidades de sementes.






Floresce durante os meses de dezembro a março e os frutos amadurecem quase simultaneamente até maio.


Obtenção de Sementes:  Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, cortando-se as panículas  inteiras. O estado de abertura dos frutos pode ser facilmente notado pela liberação de uma nuvem de minúsculas sementes quando balança-se os ramos. Um Kg de sementes equivale aproximadamente 6 milhões de unidades.







Produção de Mudas: Colocar as sementes para germinação logo que são colhidas, em canteiros sombreados contendo substrato organo-argiloso bem fino. Irriga-se copiosamente logo em seguida para efetuar o enterrio superficial das sementes. A emergência ocorrerá de 4-5 meses e taxa de germinação geralmente é baixa. O desenvolvimento das sementes no campo é considerado moderado.


Árvores Brasileiras  Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor   Harri  Lorenzi            Volume 02 Quarta  Edição





























Pitomba-da-Bahia ou Curuiri



Pitomba da Bahia ou  Curuiri


Características Morfológicas; Altura de 5-10 m de copa arredondada, com gemas foliares pardacento-tomentosas, de tronco curto de 15-20 cm de diâmetro, com casca lisa como goiabeira de cor pardacenta. Folhas com pecíolo esparso-tomentoso de cor ferrugíneo-clara, de cerda de 1 cm de; lâmina elíptico-lanceolada, de ápice agudo ou acuminado e base cuneada e geralmente assimétrica com margens inteiras e revolutas, subcoriáceas, glabra e lustrosa na face superior e pardo-tomentosa na inferior, principalmente sobre a nervura central, de 3-7 cm de comprimento por 1-2 cm de largura. Flores axilares, solitárias, com pedúnculo de 1,5-3,0 cm fruto globoso, liso, amarelo-alaranjado, com as sépalas persistentes, do pola suculenta e ácida, porém comestível.





Ocorrência: Região Nordeste, na mata fluvial atlântica de restinga e de tabuleiro principalmente na chamada Zona da Mata.


Madeira: Moderadamente pesada, dura, de textura média, pouco suscetível ao ataque de xilófagos( insetos que alimentam de madeira)


Utilidades: A madeira, pelas pequenas dimensões disponíveis, só encontra aplicação como lenha e carvão. Os frutos são comestíveis e saborosos ( forma de sucos), sendo a árvore cultivada em pomares domésticos e também indicada para reflorestamentos mistos e arborização urbana.





Informações Ecológicas: Planta caducifólia ( são espécies de plantas que tem as folhas que caem em uma determinada época do ano) é heliófita ( precisa da luz do sol) é seletiva e higrófita( gosta de umidade) características e preferencial das matas de tabuleiros do Nordeste do país, onde apresenta dispersão ampla, contudo bastante irregular na sua distribuição e com baixa frequência de ocorrência. Prefere solos profundos e bem supridos de umidade. Produz em mais de uma época do ano, grande quantidade de sementes viáveis.


Floresce frequentemente em setembro-outubro. Os frutos amadurecem principalmente em outubro-novembro.


Obtenção de Sementes; Os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou  recolhidos no chão após a queda; em seguida devem ter sua polpa removida para liberar a sua semente que é descolada da polpa. Um kg de sementes contém cerca de 1.100 unidades.





Produção de Mudas: As sementes são postas para germinação logo que colhidas diretamente em embalagens individuais mantidas a meia-sombra e preenchidas com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma camada do mesmo substrato de espessura igual à sua altura e irrigando-se  uma vez ao dia. A emergência demora 40-50 dias com germinação baixa. O crescimento das plantas no campo é moderado.



Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.

Autor:  Harri  Lorenzi           Volume  03   Primeira edição